BRT vai circular em Braga até ao final do mandato de Ricardo Rio

Ricardo Rio termina o seu último mandato em 2024, altura em que deverá estar já em circulação o Bus Rapid Transit (BRT). O meio de transporte foi anunciado para Braga há um ano, pelo primeiro-ministro, António Costa, mas é já um sonho antigo da maioria de direita. A data foi apontada por Ricardo Rio, na reunião de Câmara desta segunda-feira, onde foi aprovada, por maioria, a revogação de contratos relativos a empreitadas que a autarquia desistiu de concretizar para acautelar a implementação deste meio de transporte. 

“Estamos a cumprir as etapas para que assim aconteça e temos indicação de que, no Portugal 2030, há uma verba consignada de 100 milhões de euros para o BRT de Braga”, afirmou o autarca, manifestando otimismo quanto à data da implantação do projeto. Rio acredita que “em finais de 2024 teremos o BRT em circulação na cidade”.

O autarca admite que é um projeto que “não vai deixar toda a gente satisfeita”, desde logo porque “haverá condicionantes para a circulação rodoviária”. “Estamos a privilegiar um novo modelo de transporte e temos que criar condições para que seja atrativo para quem o possa utilizar”, referiu ainda.

Recorde-se que o projeto está orçado em 150 milhões de euros, sendo que dois terços serão financiados pelo Portugal 2030.

“Neste mandanto, não acredito de todo”, afirmou Bárbara de Barros. A vereadora da CDU lembra que “o BRT é discutido em Braga desde 2013″ e, acrescenta, “o traçado e o projeto de implantação ainda nao são definitivos”. 

“Ainda nem sequer havia um esboço considerável tanto que tivemos que revogar várias intervenções em várias ruas, porque previsivelmente passará lá o BRT e não poderíamos estar a duplicar intervenções”, afimrou a comunista. Além disso, Bárbara de Barros considera que em causa está um investimento “muito grande”, que “não é a única solução para melhorar a mobilidade e nem a resposta para os transportes públicos”.

A revogação de contratos referentes a obras que a autarquia desistiu de concretizar para acautelar a implementação deste meio de transporte foi aprovada, com a abstenção dos partidos da oposição. Hugo Pires, vereador do PS, acusa o executivo liderado por Ricardo Rio de “brincar com o dinheiro dos contribuintes”. 

“Em março a ministra da coesão anuncia o BRT para Braga, em abril, o primerio ministro anuncia publicamente o BRT. No dia 15 de julho, a Câmara adjudica uma série de contratos com empresas para obras onde eles já imaginariam que o BRT ia passar e, quinze dias depois, a coligação inclui a proposta no programa eleitoral”, detalhou o socialista. 

Hugo Pires lamenta esta revogação de contratos, antevendo um pedido de indemnização por parte das empresas, que criaram “expectativa e apresentaram garantias bancárias”. “São quase 700 mil euros e esse dinheiro daria para implemntar, por exemplo, a proposta apresentada pelo PS, referente a apoios sociais, que foi recusada por falta de verba ou a requalificação dos parques infantis”.

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Liliana Oliveira
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