Braval quer superar 50 mil litros de óleo alimentar reciclado com oleões em seis concelhos

A Braval prepara-se para colocar oleões, em todas as freguesias de Braga, mas também nos concelhos de Amaraes, Vila Verde, Terras de Bouro, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, com o objetivo de aumentar a reciclagem do óleo alimentar. Com a iniciativa “Óleo+”, promovida desde 2008, têm sido reciclados cerca de 50 mil litros deste resíduo, por ano. A colocação dos contentores teve início esta quarta-feira, em Ruilhe, uma freguesia que “tem dado um grande contributo ao nível da recolha de óleo alimentar e também de outros resíduos seletivos”.

Pedro Machado, diretor executivo da empresa intermunicipal, diz que a colocação destes contentores é mais uma forma de incentivar as pessoas a reciclar. “Este resíduo é um dos maiores contaminantes do saneamento público e pretendemos que, cada vez mais, as pessoas o deixem de descarregar pela banca ou pelo saneamento”, disse em entrevista à RUM.

Serão colocados 100 oleões nos seis concelhos e 45 ficam em Braga

O resíduo já era recolhido, desde 2008, numa iniciativa denominada Óleo+, que “era um projeto em que a Braval, respondendo às chamadas do munícipe, ia recolher porta a porta”. “Em 2008 conseguimos recolher cerca de 1200 litros. Este ano, já estamos nos 40 a 50 mil litros”, adiantou Pedro Machado.

Segundo o responsável, como muitas pessoas desconhecem este projeto, a empresa intermunicipal quis “tentar mais uma forma de chegar às pessoas”.

No total, serão colocados 100 oleões nos seis municípios da área de abrangência da Braval, Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro. Cerca de metade,45, serão instalados em Braga. “Vamos colocar junto aos ecopontos, em todas as freguesias”, revelou o diretor executivo.

“Com este óleo é produzido gasóleo que posteriormente é vendido”

“Estes contentores de rua são um upgrade ao sistema já implementado de recolha domiciliária. Desta forma, os cidadãos podem colocar o óleo alimentar usado em qualquer horário, que depois é recolhido de forma eficaz”, explicou ainda Rui Morais, presidente dos Conselho de Administração da Braval. Segundo Rui Morais, o concelho de Braga representa cerca de 60 a 70 por cento da recolha de óleo usado e a sua separação “não só permite uma melhor eficiência no tratamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), como permite um retorno económico, uma vez que com este óleo é produzido gasóleo que posteriormente é vendido, contribuindo para que a tarifa da Braval seja actualmente uma das mais baixas do país”.

“Cada vez existem mais meios para que a população possa colaborar connosco no sentido da preservação do ambiente. As entidades sozinhas não conseguem fazer nada, uma vez que não é possível entrar em casa das pessoas e fazer com que elas coloquem o óleo dentro de um bidão e que posteriormente o depositem no contentor. Tem de haver um compromisso individual e responsabilidade cívica e ambiental”, referiu o vereador do Ambiente, Altino Bessa.