Braval. População dos seis municípios podia colocar mais 40 mil toneladas no ecoponto

Há precisamente nove anos, a Braval inaugurava a unidade de tratamento mecânica que tem como principal função acelerar a decomposição orgânica dos resíduos, um avanço que transformou todo o processo.

São depositadas diariamente na Braval, para tratamento, 300 toneladas de resíduos. Por ano são 105 mil toneladas recolhidas nos seis municípios da área de abrangência da Braval. Ainda assim, Pedro Machado, diretor executivo, lamenta que a população ainda não faça o suficiente para evitar que o país seja penalizado com taxas cada vez mais elevadas. Na região de abrangência ainda há 40 mil toneladas de recicláveis que as pessoas em casa continuam a misturar no saco do lixo orgânico.

Em declarações à RUM, Pedro Machado assinala que com a triagem mecânica desde 2016 e com o apoio de dois técnicos especializados oriundos da UMinho, a Braval “acelerou a decomposição”, evitando o aterro e separando mecanicamente o orgânico do não orgânico. “Num aterro demorava dois anos, ali demora quatro semanas”, explica.

Mas o diretor executivo da Braval justifica o aumento das taxas da União Europeia com os hábitos da população da região, apelando a uma maior atenção dos residentes. “Por cada tonelada colocada em aterro pagamos uma tarifa. Em 2004, quando surgiu, eram 4 euros e 40 cêntimos, hoje são 35 euros e a ideia é passá-la para 50 euros. Porquê? Porque as pessoas ainda não estão a fazer tudo”, critica. “É grave. Separamos orgânico de não orgânico. O não orgânico são 40 mil toneladas por ano [papel, plástico, madeira, têxtil], isto é, passíveis de serem colocados no ecoponto. As pessoas ainda não colocam 40 mil toneladas por ano no ecoponto”, detalha.

Em 2000 quando a atividade se iniciou, num ano a Braval recolheu mil toneladas de vidro, papel e plástico. Em 2024 foram recolhidas 17 mil toneladas. Mesmo reconhecendo que “é muitíssimo bom” e que a população da região “fez muito em muito pouco tempo, falta fazer muito mais”.

Em 2008, a Braval avançou também para a valorização energética do biogás. “O que era um problema, que ardia, que contaminava o ar, passou a ser um recurso. Passamos a produzir uma média de 1MWh por hora. Aquela valorização abastece uma freguesia com 3 mil habitantes em termos de energia limpa”, recorda também.

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Elsa Moura
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