BragaHabit tem 520 famílias em lista de espera para habitação social

A BragaHabit tem 520 famílias em lista de espera, para habitação social. Os números foram avançados pelo administrador da empresa municipal, Carlos Videira, à margem da apresentação do estudo “Impactos e Perspetivas de Beneficiários e Munícipes”.

Muitas destas famílias, acrescentou, “já estão integradas em programas de apoio, ou já vivem em habitação social e querem autonomizar-se ou usufruem do RADA – Regime de Apoio Direto ao Arrendamento”.

“Nesta lista de espera de 520 famílias, 209 estão à espera para ter um T1, que é precisamente a tipologia em que existem menos habitações disponíveis”, adiantou Carlos Videira.

O administrador explicou ainda que “a estrutura das famílias está a mudar” e “são cada vez mais pequenas, porque há cada vez mais casais isolados, a viver sozinhas, pessoas que estão em residência partilhada, mas gostavam de estar na sua própria casa e vamos ter que encontrar novas respostas para este fenómeno que é de núcleos familiares cada vez mais pequenos a precisar de casa”.

“Se a BragaHabit tiver T3, T4 e T2 disponíveis terá que os atribuir às famílias com tipologia adequada e esse é um dos pontos que também é revelado neste estudo, porque 91% das pessoas dizem que vivem na tipologia adequada e é difícil nós fazermos esta gestão das famílias em subocupação e das famílias em sobreocupação”, afirmou.

A empresa municipal tem “cerca de 750 fogos, 60 dos quais fogos devolutos, uns porque estão em obra, outros porque estão a servir de habitação de transição para famílias que não podem estar em casa quando a obra está a ser feita”.

As obras nos bairros prosseguem. A empreitada na Praceta já terminou, estamos a terminar no Bairro das Andorinhas e a começar já no Bairro das Enguardas.

“Vamos reabilitar toda a habitação dispersa, temos também prevista a conclusão do procedimento público para a reabilitação da antiga Escola de Celeirós, que vai acolher um centro de acolhimento de imigrantes, e para a construção de 10 habitações para a comunidade de São Gregório. Temos algumas aquisições em vista, neste momento pendentes da aprovação das candidaturas por parte do IHRU – Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana.

O estudo apresentado hoje sublinha a necessidade de a BragaHabit reforçar a fiscalização, no que diz respeito ao “cumprimento das obrigações por parte dos moradores, ainda que todo esse trabalho tenha que seguir o código de procedimento administrativo”.

“É um trabalho que leva tempo até conseguirmos ter uma ação efetiva relativamente às pessoas que não cumprem com as suas obrigações, ainda que, por exemplo, a questão do ruído cabe às autoridades”, esclareceu.

Os inquiridos “requerem mais visitas técnicas, seja do departamento de obras, seja do departamento da ação social, para um maior acompanhamento”. “Há uma crítica que muitos municípios fazem de que o apoio habitacional deve ser acompanhado também por medidas de capacitação das pessoas, nomeadamente de apoio à empregabilidade”, evidenciou Carlos Videira.

*com Ariana Azevedo

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Liliana Oliveira
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