BragaHabit prevê investimento de 72 ME para 691 fogos e 1907 pessoas até 2026

A Estratégia Local da Habitação de Braga prevê, agora, no que diz respeito à BragaHabit, um investimento de 72 milhões de euros, que vão abranger 691 fogos e 1907 pessoas. Os números foram avançados, em primeira mão à RUM, pelo administrador da empresa municipal, que justifica esta atualização “sobretudo com o aumento significativo da lista de espera, que ronda os 350 agregados familiares”.
Além de se manter o “objetivo de fazer a reabilitação da quase totalidade do parque público de habitação”, o documento, que será analisado na próxima reunião de Câmara, a 12 de setembro, prevê a “a construção de 170 novos fogos, aquisição de cerca de 87 frações habitacionais para arrendamento e a possibilidade de adquirir o terreno de S. Gregório e avançar com a construção, para dar resposta a 11 agregados familiares, que vivem em condições indignas”.
Os objetivos, esclareceu Carlos Videira, têm uma data limite: 2026.
Para já, ainda não estão identificados os locais onde poderão ser construídos os novos fogos. Segundo o administrador, neste momento prevê-se apenas a “criação do instrumento, ou seja, perceber as tipologias de soluções que são precisas para dar resposta a estas famílias”. “Só depois de a Estratégia Local de Habitação ser aprovada nos órgãos municipais e validada pela tutela poderemos começar a submeter candidaturas para cada uma destas situações. Nesse momento, é que temos que identificar o local para ser atribuído o financiamento”.
A BragaHabit “já tem contratos de financiamento assinados com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) no valor de seis milhões de euros para a requalificação do Bairro das Andorinhas” e vai submeter “candidaturas para o Bairro das Enguardas e para o arrendamento disperso na cidade”.
No entanto, o objetivo, “mais do que a reabilitação, é aumentar a oferta”.
“Mantemos uma outra lógica de solução que é o arrendamento de frações habitacionais para subarrendamento e estão previstos 80 fogos, neste caso”, avançou ainda o administrador.
Estratégia prevê apoios para beneficiários diretos
A empresa municipal antecipa ainda a necessidade de “construção de novos 25 fogos para dar resposta as 73 pessoas em lista de espera para residência partilhada”. “Temos 21 residências partilhadas, mas o número de pessoas a viver isoladas tem aumentado e, portanto, o número de pedidos de residências partilhadas também tem aumentado”, acrescentou.
A Estratégia Local de Habitação envolve, assim, 691 fogos, entre reabilitação, construção, aquisição e arrendamento para subarrendamento, e 1907 pessoas. Comparativamente a abril de 2021, o aumento é substancial. Na altura, estavam em causa 355 fogos e 940 pessoas.
“Temos um acordo de financiamento celebrado com o IHRU desde setembro de 2021, ainda não existia o Plano de Recuperação e Resiliência, e a lógica de financiamento era diferente. Na altura, estimava-se um financiamento de 17 milhões. Agora, o investimento que prevemos para soluções promovidas pela Bragahabit é na ordem dos 72 milhões”, evidenciou Videira.
O administrador lembra também o impacto do contexto inflacionista neste aumento.
A Estratégia que será votada, e aprovada pela maioria de direita, prevê ainda a identificação de beneficiários diretos, no Bairro das Andorinhas e Enguardas, ou seja, pessoas que são proprietárias, mas que têm uma situação financeira que não lhes permite fazer obras, dentro de casa, fachadas ou condomínio. “Foram identificados 94 beneficiários diretos nas Andorinhas e 83 nas Enguardas e, a partir do momento que estejam incluídos na Estratégia Local de Habitação, poderão apresentar candidatura junto do IHRU para receber financiamento para ajudar a fazer as obras”, explicou Carlos Videira.
Este facto, também ajuda a explicar o aumento do investimento, de famílias e pessoas abrangidas.
