Braga volta a associar-se à Race for the Cure no combate ao cancro da mama

A edição de 2020 da Race for the Cure realiza-se entre sexta-feira e domingo. Portugal, através da associação bracarense Rosa Vida, junta-se pelo segundo ano consecutivo ao evento internacional, que, devido à pandemia, realiza-se em moldes diferentes.


No ano passado, cerca de 3 mil pessoas marcaram presença na corrida iniciada e terminada na Av. João Paulo II, em Braga. Desta vez, em vez de se aglomerarem num espaço comum, os participantes são desafiados a publicar nas redes sociais fotografias/vídeos a correr ou a caminhar em qualquer local, identificando as páginas da Associação Rosa Vida e da Race for the Cure Portugal.

As inscrições têm um custo de cinco euros, sendo que a totalidade do valor angariado reverte a favor de três projectos relacionados com o combate ao cancro da mama – Quality Onco Life Program, Pink Bees e Cinderella -, dinamizados pelas associação.

Paulo Morais, presidente da Rosa Vida, explica que, sem existir o evento, a realizar-se em 22 cidades da Europa, “muitas associações que dependem largamente dos fundos angariados através das corridas iam ficar descalças”. “É importante continuar a alertar para esta problemática que parece de repente ter ficado esquecida com o surgimento da Covid”, acrescenta.



Presidente da Associação Rosa Vida alerta para impacto da pandemia no combate ao cancro


Por causa do novo coronavírus, os programas de combate ao cancro da mama tiveram de ser adaptados. Paulo Morais dá o exemplo do Quality Onco Life, que migrou para o digital. “Tínhamos bastantes utentes integrados no programa que se viram privados desse exercício. Apesar da ajuda através do online, perderam grande parte do apoio, além da questão psicológica. Houve aqui um retrocesso”.


Em Portugal, todos os anos, há cerca de 6 mil novos casos de cancro da mama e 1.500 mulheres morrem na sequência da doença. Ainda não há dados relativos a 2020, no entanto, o presidente da Rosa Vida mostra-se receoso com o impacto da pandemia no tratamento do problema, referindo que poderá haver “uma supresa desagradável” quando os números forem actualizados.

Paulo Morais lembra que houve “muito casos em que os exames, incluindo de rastreio, foram adiados e outros em que as pessoas conheceram o diagnóstico pouco tempo antes de ser decretado o estado de emergência”. 


“Tivemos um caso em que a mulher soube que tinha cancro a 20 de Março, um dia antes de entrar em vigor o Estado de Emergência, e a solução encontrada pelos médicos foi fazer a operação e retirar imediatamente a mama sem sequer realizar tratamentos”, adianta.

Partilhe esta notícia
Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Sara Pereira
NO AR Sara Pereira A seguir: Carolina Damas às 17:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv