Braga reforça meios para prevenir incêndios florestais
O concelho de Braga está hoje “bem preparado” para enfrentar a época de combate a incêndios florestais. A premissa foi deixada pelo presidente da autarquia, Ricardo Rio, na apresentação do Dispositivo Municipal de Vigilância e Primeira Intervenção, esta quinta-feira, na Falperra.
O dispositivo foi reforçado, sobretudo para atuar no período mais crítico, entre 1 de julho e 30 de setembro, e conta agora com 32 operacionais e 14 viaturas. Este dispositivo é constituído por equipas da Protecção Civil Municipal, Polícia Municipal, GNR, PSP, RC6, Bombeiros Sapadores, Bombeiros Voluntários, Sapadores Florestais e Unidades Locais de Protecção Civil do Concelho. Os objetivos passam por efetuar uma vigilância florestal com o intuito de detetar incêndios de forma precoce, possibilitando uma rápida intervenção, e funcionar como meio dissuasor.
“Em termos de primeira intervenção, o dispositivo passa a 65 operacionais, com 14 viaturas, estas já de outra tipologia, pois são viaturas de combate a incêndios, como máquinas retroescavadoras e cisternas”, adiantou o coordenador municipal da Proteção Civil, Vítor Azevedo.
Apesar dos investimentos nesta área e do reforço deste dispositivo, o presidente da Câmara lembrou que este tem que ser “um esforço coletivo”, onde a primeira responsabilidade deve ser “dos cidadãos”, a quem se exigem “comportamentos responsáveis e vigilantes”.
“Nunca teremos condições para dizer que estamos totalmente inumes a qualquer tipo de risco, mas podemos garantir aos bracarenses que tudo fizemos para, no limiar do controlável, estarmos o melhor preparados possível para fazer face às circunstâncias que vamos enfrentar”, acrescentou. Rio evidenciou o aumento de meios e a articulação da rede de meios para que a “resposta seja o mais eficaz possível”.
O coordenador da Proteção Civil evidenciou ainda alguns dos investimentos autárquicos nesta área, como “os rádios SIRESP, num investimento de 13 mil euros, duas moto 4 entregues aos Bombeiros Sapadores, para ações de vigilância, e duas equipas operacionais e viaturas, numa verba a rondar os 25 mil euros, máquinas e camiões para conservação de caminhos florestais, num investimento de 61 mil euros”.
Para além da dotação de meios, realizaram-se também ações de conservação dos caminhos florestais – resultando na beneficiação de cerca de 42 quilómetros de caminhos florestais e acesso ao miolo da floresta para acesso mais eficaz dos meios de combate ao fogo – e de beneficiação de pontos de água para abastecimento de meios aéreos – garantindo a cobertura adequada de todo o concelho.
Os investimentos foram também evidenciados pelo vereador do Ambiente e da Proteção Civil, Altino Bessa, que garante que “há uns anos não era possível apresentar nada do que há hoje em Braga”. Bessa revelou que as duas equipas de Sapadores Florestais, que não existiam, custam anualmente 50 mil euros cada uma ao município. Além disso, o vereador frisou o aumento do número de viaturas e recursos humanos na Proteção Civil e na Polícia Municipal, bem como a criação de equipas de prevenção nas freguesias de Sobreposta e Pedralva, bem como o aumento do número de postos de vigia e de abastecimento de água. “Os investimentos têm sido cada vez mais e com valores significativos”, afirmou Altino Bessa, lembrando ainda o apoio que é concedido aos Bombeiros Voluntários de Braga, a propósito das duas equipas permanentes, que custam “35 mil euros cada uma por ano” aos cofres municipais.
O Dispositivo Municipal de Vigilância móvel já está operacional e pronto para avançar para o terreno em ações de vigilância, que darão prioridade às zonas do Sameiro e Bom Jesus.
Nesse sentido, relembre-se que o Município disponibiliza gratuitamente a utilização de bio trituradores para a eliminação de sobrantes agrícolas, florestais e de jardinagem, reduzindo assim o número de incêndios provocados pelo descontrolo de queimas. Para aceder a este serviço pode contactar a Divisão Municipal da Protecção Civil, através do telefone 253 61 60 60.
