Braga recebe conferência mundial para discutir soluções educativas adaptadas a sobredotados

O currículo pedagógico nacional não “se adapta”, nem a escola “dá resposta” aos alunos sobredotados.

Quem o diz é Alberto Rocha, professor e presidente da Associação Nacional para o Estudo e Intervenção na Sobredotação (ANEIS) que chama a atenção para estes casos há mais de 30 anos. A ANEIS, que presta apoio a crianças e jovens sobredotados e aos familiares, vai acolher, entre os dias 29 de julho e 2 de agosto, a 26ª Conferência Mundial sobre Educação de Alunos Sobredotados com o objetivo de debater soluções adquadas às necessidades destas crianças.

De acordo com Alberto Rocha, “a grande frustração” que estes alunos sentem com o currículo pedagógico, não só os atrasa no processo formativo como, frequentemente, em consequência disso, faz com que troquem a escola pública pelo “ensino doméstico” ou complementem o ensino formal com a participação extracurricular em “comunidades educativas”.

Ainda que se verifique um esforço nesse sentido, as repostas dadas a estes casos “estão muito aquém das necessidades destas crianças e jovens”. A solução, nas palavras do professor, seria criar “um plano formativo para que os docentes possam identificar e dar respostas às singularidades destes alunos”.

Recorrentemente a ANEIS também é solicitada por estas crianças e familiares. Alberto Rocha diz que a associação tem cerca de 500 crianças e jovens associados só em Portugal Continental, ainda que existam “alguns grupos” a ser acompanhados nas ilhas.

Este ano, o contributo da IPSS surge, também, sob a forma da 26ª Conferência Mundial sobre Educação de Alunos Sobredotados, que acontece pela primeira vez em Portugal.

À RUM, Alberto Rocha explica que o evento, sob o mote “O Poder da Educação para Sobredotados e do Desenvolvimento de Talentos num Mundo em Mudança” pretende debater “a identificação e a avaliação das respostas educativas” em Portugal e no Mundo. A presença de investigadores conceituados na área, de todas as partes do mundo, trazem a variedade de ideias e legislações, o que é uma “ótima oportunidade” para as pessoas perceberam o que é feito lá fora e o que é “necessário cá dentro”, remata.

Espera-se que o evento impulsione o debate sobre os alunos sobredotados, de forma a que se promova um ensino mais equitativo e acessível.

O evento que terá lugar no Espaço Vita, em Braga, conta com cerca de 500 congressitas inscritos. A sessão de abertura está agendada para as 18H00.

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José Brás
José Brás

Jornalista na RUM

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