Braga. Oposição critica presidente e quer discutir pdm a 12 de janeiro em reunião extraordinária
Os vereadores do PS, do Movimento Amar e Servir Braga e da Iniciativa Liberal solicitaram esta quarta-feira ao presidente de câmara que adie a proposta do novo PDM para uma reunião extraordinária a realizar no dia 12 de janeiro.
A solicitação surge depois da notícia avançada pela RUM, esta manhã, de que João Rodrigues vai submeter à reunião de segunda-feira a discussão e votação do documento, ao contrário da indicação que tinha surgido na última reunião, há uma semana.
A novidade não caiu bem do lado da oposição que entretanto enviou um comunicado conjunto ainda que sem o Chega. Acusam o presidente de mentir e de não manifestar disponibilidade para seis datas distintas acertadas entre toda a oposição para uma reunião de esclarecimento do PDM antes da alegada votação que, previsivelmente aconteceria no primeiro trimestre de 2026.
“Ninguém consegue acompanhar o ritmo a que o presidente se vai desmentindo a ele próprio, porque ora usa alegações e afirmações, depois vai-se desmentindo e isto prova a falta de rumo que o presidente neste momento tem. Na última reunião de câmara disse que o PDM seria discutido no primeiro trimestre de 2026 e agora para surpresa dos vereadores da oposição sabemos pela comunicação social que vai levar isto à próxima reunião de câmara”, disse hoje à RUM Ricardo Silva, do movimento Amar e Servir Braga.
Os vereadores da oposição desmentem ainda que tenha sido João Rodrigues a convocar uma reunião prévia de esclarecimento sobre o PDM, apontando que sugeriram seis datas, mas que o presidente não manifestou disponibilidade em nenhuma.
A reunião entretanto sugerida por João Rodrigues apontava para este sábado à tarde, ou ainda na sexta-feira, mas a oposição diz não estar disponível, e enviou esta manhã um pedido para uma reunião extraordinária dedicada ao PDM no dia 12 de janeiro. O vereador do movimento ASB considera que se trata de “um tema de muita importância que não pode ser feito a brincar ou de forma atabalhoada”.
Do lado do Partido Socialista, o vereador Pedro Sousa reage igualmente com “surpresa” nesta antecipação sugerida pelo presidente, acusando-o de sugerir uma reunião para sábado “sem nenhum diálogo, articulação ou contacto” com os interlocutores. O socialista considera também que o presidente deveria ter informado primeiramente os vereadores da oposição de que afinal pretendia submeter o PDM na reunião camarária de segunda-feira.
Para Rui Rocha, “não existe qualquer interpretação de má fé”, de qualquer das partes, em relação a esta matéria, tratando-se apenas de incompatibilidades de agenda. Ainda assim, o vereador acredita que o presidente terá o bom-senso de marcar a reunião para janeiro, mesmo que isso atrase as circunstâncias, uma vez que se exige votar esta matéria “em consciência”.
