Braga. Mobilidade e habitação no horizonte dos candidatos para o orçamento municipal
A gratuitidade dos Transportes Urbanos de Braga (TUB), a redução do IMI ou a construção de uma circular rodoviária externa são algumas das propostas para o concelho de Braga. No debate deste domingo, organizado pela RUM e pelo Diário do Minho, os oito candidatos à Câmara Municipal definiram as prioridades para o orçamento municipal do próximo ano.
Pela primeira vez na corrida às autárquicas, Olga Batista, candidata da Iniciativa Liberal, apresenta um modelo diferente, propondo “um orçamento de base zero”, construído de raiz. Na sua agenda política, os liberais pretendem diminuir a carga fiscal, com a redução do IMI para a taxa mínima, 0,3%. No caso do Livre, Teresa Mota traça as áreas da mobilidade e da habitação como eixos fundamentais, com enfoque nas pessoas mais carenciadas. “Os transportes, por exemplo, devem ser gratuitos para esses cidadãos”.
Já Eugénia Santos, candidata do Chega, aponta o atraso na resolução do Nó de Ferreiros e do Nó de Infias e sugere a implementação da CREB – Circular Rodoviária Externa de Braga, com ligação entre a autoestrada que atravessa Cabreiros e a Variante do Fojo. Por sua vez, Rafael Pinto, do PAN, apresenta propostas que vão desde o bem estar animal até à mobilidade. Neste último campo destaca a descarbonização da frota municipal e dos TUB, assim como a concretização dos 76 quilómetros de ciclovia anunciados pelo autarca Ricardo Rio.
A habitação social é uma das linhas orientadoras da candidatura do Bloco de Esquerda, que, nesse sentido, quer aumentar a oferta a preços controlados. “O investimento na habitação é possível usando a receita fiscal que o município tem ao seu dispôr”, afirma Alexandra Vieira. A CDU insiste na redução do IMI e da tarifa aplicada na coroa 2 por parte dos Transportes Urbanos de Braga. Para Bárbara de Barros, a remunicipalização da Agere, o reforço da oferta de habitação e verbas para requalificar os bairros sociais são também fulcrais.
Como medida já para 2022, o candidato do PS foca o seu discurso na gratuitidade dos transportes urbanos, explicando que seria “um alívio no orçamento das famílias”. Além disso, iria permitir, de acordo com Hugo Pires, reduzir o trânsito automóvel, melhorar a mobilidade do concelho e diminuir a poluição do ar. No poder desde 2013, Ricardo Rio antevê um ano importante no que concerne à concretização de investimentos, nomeadamente na Rua Costa Gomes, no túnel da Avenida e no Centro Cultural Dr. Francisco Sanches.
*Com Ana Sofia Leite e Rita da Costa Carvalho
