Braga. Maioria rejeita criação de central de partilha de recursos proposta pelo PS

A coligação Juntos por Braga rejeitou esta segunda-feira a criação de uma central de partilha de recursos e ajudas técnicas, proposta pelos vereadores do Partido Socialista, justificando tal decisão com o facto deste serviço já ser prestado pelo município, em articulação com diferentes instituições do concelho.
A reação da maioria de direita não agradou aos socialistas. Ricardo Sousa, vereador do PS, afirma que se trata de uma resposta necessária para os bracarenses e que é reclamada pelas próprias instituições. O vereador eleito pelo PS refere que com esta rejeição “perdem os munícipes”. “Vão continuar a não saber onde entregar estas ajudas técnicas. Estamos a falar de gruas de banho, de materiais auditivos específicos, ligas para tratar as varizes. Coisas muito técnicas e que nada tem a ver com o armazém de bens de doação que a câmara tem e que está ligada à Bragahabit e com a Agere”, esclarece.
Apelando ao município que reforce este trabalho com a criação de uma central, Ricardo Sousa garante que a resposta “não existe”, contrariamente ao que alegaram a vereadora Carla Sepúlveda e o autarca Ricardo Rio. Considerando que se trata de uma “interpretação errada do município”, o vereador diz que não se trata de um simples banco de doação, e que a proposta resulta de uma auscultação à sociedade e a diferentes entidades. “Já aconteceu também com o campo de férias para crianças com necessidades específicas: primeiro a câmara já tinha, os parceiros já existiam, depois era um voucher que ia ser dado, mas depois foi implementado. Se não for a proposta do Partido Socialista, que lhe dêm a volta que quiserem e que implementem. É uma proposta válida e perde a cidade e os munícipes que continuam a não saber onde entregar estas ajudas técnicas”, critica.
O autarca Ricardo Rio, considera que em causa está a municipalização de um serviço que já está ao serviço dos bracarenses, recusando a ideia de discutir o mérito do objetivo da proposta da oposição. “A proposta é redudante com outras estruturas que existem no terreno. Seria estar a municipalizar algo que o tecido social no seu conjunto já está a disponibilizar à população”, argumentou. O social democrata reconheceu a importância de melhorar a comunicação de questões desta natureza.
