Braga integra rede nacional de Espaços que incentivam poupança energética

Braga foi um município pioneiro na criação de um espaço dedicada às questões da energia. Desde que está em funcionamento já recebeu cerca de 500 pessoas, que procuram dicas para a poupança de energia, sugestões de melhoria ou apoio a candidaturas a financiamentos.
Esta quinta-feira, o Espaço Energia, localizado no Pópulo, recebeu a visita do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, para assinalar a abertura oficial deste balcão.
O espaço, detalhou o autarca Ricardo Rio, pretende “promover uma utilização mais racional da energia, propiciar condições de conforto térmico e criar condições para a avaliação das alternativas que existem no mercado”. O espaço permitirá ainda informar os cidadãos sobre o “benefício das muitas ofertas que existem neste momento, quer a nível local, quer a nível nacional, nomeadamente do Fundo Ambiental e de iniciativas a nível local, como é o caso do programa de combate à pobreza energética, que é gerido pela BragaHabit e tem tido uma grande procura, ou o programa Braga Sol do município”.
“É um balcão predominantemente informativo, para que as pessoas possam ter acesso a toda a informação e a possam interpretar com maior rigor e clareza”, acrescentou. Comparativamente ao Balcão Único de Energia que já existia no município, este novo espaço é “um canal mais direto em termos de linhas de financiamento a nível estatal, nomeadamente das linhas do Fundo Ambiental”. “No caso do balcão de energia, Braga de certa forma estava na vanguarda, porque, antes mesmo de haver a disseminação desta rede, já tinha implementado o conceito, mas não tinha a abrangência do ponto de vista da interligação com todos os serviços, como agora passa a ter”, completou o autarca. Segundo o autarca, uma simulação comprovava que “uma mera ação de carácter quase administrativo pode mudar significativamente o orçamento e reduzir o valor de uma fatura em 8% por mês”.
“Eu vou copiar as ideias de Braga e desafiar outros municípios a fazerem algo semelhante”
Emídio Sousa reafirmou o “desempenho notável” que Portugal está a ter ao nível da transição energética. “No ano passado tivemos mais de 70% da nossa eletricidade produzida a partir de fontes renováveis, e isto é absolutamente fundamental”, acrescentou.
O peso da fatura da luz no orçamento familiar demonstra que “ter uma boa literacia, perceber qual é a melhor solução, o melhor comercializador, onde é que podemos poupar é muito significativo”.
“Eu vou copiar as ideias de Braga e desafiar outros municípios a fazerem algo semelhante”, afirmou Emídio Sousa.
No país, existem já 89 espaços de energia, mas o objetivo é incentivar outros municípios a acolherem este tipo de serviços. O prazo para novas candidaturas foi alargado até 31 de maio, com um financiamento até 50 mil euros por espaço, através do aviso disponível em www.fundoambiental.pt.
A Rede Espaço Energia, coordenada pela ADENE, vai funcionar em articulação com o Observatório Nacional da Pobreza Energética e serão centrais na divulgação de futuros programas como o E-Lar e os Bairros Mais Sustentáveis.
Criados no âmbito da Reforma RP-C21-r44 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estes espaços oferecem atendimento gratuito e personalizado, em matéria de eficiência energética, energias renováveis, reabilitação urbana, autoconsumo e literacia energética.
