Braga está perto de incidência a 270 casos e corre o risco de recuar ainda mais no desconfinamento

Com 375 casos ativos de Covid-19 e com a incidência por 100 mil habitantes próxima dos 270 contágios, Braga corre o risco de recuar no desconfinamento daqui a duas semanas, informou à RUM o presidente da Câmara, Ricardo Rio.

De acordo com o autarca, o município pode assim passar de concelho em risco elevado – com a incidência até 120 casos – para risco muito elevado – com mais de 240, no final deste mês de julho.


Admitindo já que até ao final de agosto “é praticamente impossível desconfinar abaixo dos 120”, Ricardo Rio teme que o concelho se mantenha algumas semanas em risco muito elevado, grau que, por exemplo, reduz o número de pessoas por esplanada nos restaurantes, passando de dez para seis. Além disso, aos fins de semana, o comércio a retalho não alimentar é obrigado a encerrar às 15h30.


“A minha maior preocupação é que, se se mantiver esta matriz de risco, haja restrições mais gravosas do ponto de vista das liberdades individuais, o que seria muito pernicioso”, assinala o autarca, lembrando que, apesar do aumento de contágios, “não se registam [em Braga] óbitos há alguns meses e o número de internamentos no Hospital está próximo da dezena”.

Para Ricardo Rio, o aumento do número de casos em Braga “está em linha com o que se tem passado no resto do Norte do país”, sendo “natural que, por força da mobilidade que existe entre as pessoas, chegassem esses contágios”.


Vincando que as infeções verificam-se sobretudo entre a população mais jovem, o autarca reforça que “valeria a pena rever a matriz de risco”, tal como já tem sido “discutido a nível nacional”.



Libertação total no final do verão? Depende do número de vacinas e da chegada de novas variantes

Já questionado sobre a previsão do primeiro-ministro, manifestada ontem, de haver “libertação total da sociedade” no final do verão, Ricardo Rio responde que tudo “depende das circunstâncias”.


“Precisamos sobretudo que o processo de vacinação avance a bom ritmo como felizmente vinha acontecendo há algumas semanas, até haver esta recente escassez de vacinas. Por outro lado, temos de assegurar que não surge nenhuma nova variante, mais grave”, argumenta, completando que, sem vacinas, poderá ter de se “adiar” o desconfinamento total.

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Pedro Magalhães
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