Braga e Guimarães buzinam contra aumento dos preços

O ‘Movimento Os mesmos de sempre a pagar’ promoveu, na manhã desta quarta-feira, um buzinão em diferentes pontos do país, incluindo as cidades de Braga e Guimarães.

Este conjunto de cidadãos acusa o governo de António Costa de “nada fazer para parar a especulação desenfreada”, constatando que “todos os dias sobem os preços”, mas “todos os meses os ordenados e pensões ficam mais pequenos”.

O buzinão serve para fazer várias exigências, nomeadamente a reposição de preços “justos e suportáveis para a maioria” nos combustíveis, transportes, alimentação, bens essenciais e rendas”, justificam. Em Braga, o local escolhido para alertar os automobilistas foi a rotunda da Rodovia/Piscinas, com um conjunto de membros do movimento a envergar faixas com mensagens alusivas.

Aos microfones da RUM, Ana Paula, porta-voz do movimento em Braga, admite que é “fácil” conseguir a adesão da população porque “as pessoas reconhecem o que está a ser denunciado”. “Tudo sobe, o custo de vida aumentou e os salários continuam muito aquém do necessário para fazer face às necessidades essenciais”, frisa.

Lembrando que a crise não tocou toda a gente da mesma maneira, o movimento assinala que “uns pagam e outros lucram e muito”, exemplificando com os casos da Galp, do Pingo Doce, da Sonae ou da EDP.

As pessoas que trabalham estão a recorrer ao banco alimentar


O Movimento Sempre os Mesmos a Pagar deixa, por isso, um conjunto de exigências ao governo, nomeadamente a fixação e regulação dos preços dos combustíveis, da energia e de todos os bens essenciais em particular dos bens alimentares, assim como a imediata redução do IVA de 13% para os 6% no gás e de 23% para os 6% na electricidade. Já sobre dividendos das grandes empresas, exigem que sejam neste momento de crise desviados das contas dos acionistas para um fundo de emergência nacional para responder ao aumento do custo de vida.


“É preciso que sejam aumentados os salários e ao continuar esta escalada de preços temos um país que vai viver no limiar da pobreza”, avisa a porta-voz. 

Ana Paula lembra também o aumento do número de pedidos das famílias junto do Banco Alimentar Contra a Fome, salientando que são “pessoas que trabalham diariamente e que, ainda assim, têm necessidade de recorrer ao banco alimentar porque não têm o essencial para viver”, denuncia.


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Elsa Moura
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