“Braga é dos concelhos que melhor está a reagir ao aumento dos preços na habitação”

Tendo conta o desempenho do concelho nos últimos anos, a escolha para a apresentação do livro ‘Trancas à Porta’- Desfazendo os mitos da crise da habitação’, no norte do país, recaiu em Braga. A relação direta entre as duas dimensões foi vincada por Carlos Guimarães Pinto a propósito da sessão decorrida, esta terça-feira, no salão nobre da reitoria da Universidade do Minho.

De acordo com o deputado e antigo presidente da Iniciativa Liberal, um dos autores do livro, a par de Juliano Ventura, André Pinção Lucas e Filipa Osório, o município bracarense foi “o concelho do país que mais edifícios licenciou em 2022”.

Um dado relevante, no seu entender, já que existe “uma grande falta de construção no país”. Nos últimos dez anos foram edificadas menos 700 mil casas do que nas décadas anteriores, desde o 25 de abril. “Na nossa opinião, este é o principal fator que faz aumentar o preço das casas e das rendas. Braga também registou esse aumento, mas é dos concelhos que melhor está a reagir”, assinala.

Ao longo da obra, predominantemente “factual”, alicerçada em dados do mercado, é explorado “tudo aquilo que aconteceu no setor nos últimos anos, como o alojamento, os não residentes ou as taxas de juro”, além da variação dos preços.

A apresentação do livro contou com a parceria da Associação Empresarial do Minho. O presidente da estrutura, que abriu a sessão, considera que “a solução para o problema da habitação é construir mais”, sendo um elemento chave para “atrair jovens qualificados”. 

Destacando o trabalho que algumas empresas da região estão a fazer, através de projetos como as casas modulares ou as residências partilhadas para trabalhadores, Ricardo Costa pede “incentivos do Estado”, do ponto de vista burocrático, e sublinha “o papel muito importante das autarquias no desenho dos PDM’s, os planos diretores municipais”.