Braga aumenta número de lugares de estacionamento pagos em 5 ruas do centro

Há mais cinco ruas em Braga que vão passar a ter estacionamento pago. São elas a Praceta Doutor Luís de Almeida Braga, a Rua Andrade Corvo, Rua D. Gonçalo Pereira, Rua de Goa e a Rua da Regueira.

O tema levou o PS a acusar o executivo de direita de não cumprir com as promessas eleitorais. “Em 2013, uma das bandeiras da maioria foi reverter o alargamento do estacionamento. Havia 1120 lugares na altura e agora, dizem, são 1900 lugares, ou seja, desde 2013 foram mais 880 lugares de estacionamento pago”, apontou Hugo Pires.

Os números da coligação Juntos por Braga são diferentes. Segundo Ricardo Rio, na gestão socialista “houve um alargamento para lançar uma concessão para 1400 lugares pagos e, depois, atribuir 2400 aos concessionários”.

“Depois, essa expansão estava a ir para zonas residenciais, contra a vontade dos moradores, e sem que se justificasse. Hoje, os moradores estão a pedir para colocar os parquímetros, porque entendem que é a melhor maneira de assegurar a rotação do estacionamento”, justificou o autarca. Em algumas destas zonas, de acordo com o executivo, há automobilistas que “estacionam de manhã e só regressam às viaturas à noite e isso penaliza os comerciantes e moradores”. Ricardo Rio lembrou ainda o plano do PS que previa “que o estacionamento viesse a ser cobrado a 95 artérias, que seria a malha urbana do centro”, considerando “totalmente despropositado”, estando previstos 4200 lugares pagos.

Bárbara de Barros, vereadora da CDU, considera que a proposta do executivo pode “criar ainda mais problemas”. “No caso da Rua de Goa, perto da Rua 25 de Abril, os moradores precisam de avenças, mas há uma lista de espera de uma centena, ora com mais uma rua com parquímetros, serão mais as avenças, mas não serão suficientes para a lista de espera que há e, não sendo, os moradores e comerciantes terão que pagar um parquímetros durante todo o dia”, apontou a comunista. Bárbara de Barros sugere ainda que “se avalie no mapa das artérias em quais faz sentido manter o pagamento e em quais se deve suprimir o pagamento, substituindo umas por outras”. Além disso, reforçou, é necessária uma aposta nos transportes públicos e nos modos suaves.

Ricardo Rio considera que “há varias soluções que no futuro poderão ser equacionadas, até em função de outros critérios”, mas, neste momento, “mexer no que já existe pode ser mais penalizador”

A proposta foi aprovada em reunião do executivo, esta segunda-feira, com o voto favorável do PS e a abstenção da CDU.

Ainda a propósito da mobilidade, o PS criticou a criação de um conselho consultivo para a mobilidade, também proposto pela maioria e aprovado, esta segunda-feira.

Segundo Hugo Pires, a coligação PSD/CDS-PP “nada fez nos últimos dez anos”. “Assistimos a tinta vermelha no chão numas putativas ciclovias, houve uma grande apresentação do Nó de Infias, mas nada se sabe desde então, assim como da Variante do Cávado”, referiu o socialista, acrescentando que com este conselho a maioria “assume que não há ideias para a mobilidade”, em Braga. 

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Liliana Oliveira
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