Bosch Portugal fecha 2021 com vendas de 1,7 mil ME
A Bosch Portugal terminou o ano de 2021 com vendas no valor de 1,7 mil milhões de euros. Segundo informação divulgada pela empresa, trata-se de um crescimento de 5% em relação ao período homólogo. 97% dos produtos produzidos nas fábricas de Aveiro, Braga e Ovar são exportados para mais de 50 países, assim como serviços prestados a partir de Lisboa.
No último ano, a empresa multinacional alemã de engenharia e eletrônica contratou mais de 250 novos engenheiros para as equipas de I&D no país e tem mais de 350 vagas por preencher até ao final do ano. Esta é uma das grandes apostas da Bosch e um sinal claro, segundo o representante do Grupo Bosch em Portugal, Carlos Ribas, de que a empresa pretende continuar a investir no país. Recorde-se que fruto da parceria com a Universidade do Minho foram já criadas mais de 70 patentes.
Como já havia sido anunciado em 2019, a empresa pretende ampliar as instalações na cidade dos arcebispos com a construção de dois novos edifícios para aumentar a capacidade de I&D e a capacidade produtiva e tecnológica, até 2025.
No primeiro trimestre de 2022, a receita de vendas da empresa cresceu 5,2%. Para os resultados globais do ano, a Bosch espera que as vendas cresçam mais de 6% e alcancem uma margem EBIT entre os 3 a 4%.
“O resultado bem-sucedido do ano comercial de 2021 reforça a nossa confiança à medida que enfrentamos o ambiente desafiante deste ano”, afirma Dr. Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH.
Uma das incertezas consideráveis é a guerra na Ucrânia e todas as suas implicações. Para Hartung, a atual situação destaca a pressão sobre os decisores políticos e a sociedade para que se tornem menos dependentes dos combustíveis fósseis e procurem vigorosamente o desenvolvimento de novas fontes de energia. Por esta razão, o Grupo Bosch continua sistematicamente os seus esforços para mitigar o aquecimento global, apesar do ambiente económico desafiante.
De olhos postos no futuro, que ao que tudo indica será elétrico, a multinacional anuncia que irá investir 3 mil milhões de euros ao longo de três anos em tecnologia neutra para o clima com destaque para os componentes para eletrólise de hidrogénio. Simultaneamente, serão admitidos em todo o mundo 10 mil novos engenheiros de software.
