Bombeiros Sapadores de Braga confiantes em acordo com ministério

Os Bombeiros Sapadores de Braga dizem-se “injustiçados” devido aos cortes nos vencimentos a que têm sido sujeitos os profissionais infectados com o novo coronavírus em pleno serviço. Recorde-se que, esta terça-feira, eram 18 os bombeiros sapadores que estavam infectados com covid-19. Neste momento 11 já regressaram às suas funções, sendo que sete não estão operacionais uma vez que continuam a testar positivo para o vírus SARS-COV-2.
Durante este período, os bombeiros sapadores, os operacionais da protecção civil, polícias e outros profissionais que estão na linha da frente na luta contra a pandemia, são obrigados a ficar de baixa por estarem contaminados, o que resulta, no total, em cortes no orçamento familiar “na ordem dos 40 a 45%” e no vencimento mensal de 30 a 40%. Os Bombeiros Sapadores exigem que as baixas sejam pagas a 100%, não devendo a sua contaminação ser considerada como um acidente de trabalho.
À RUM, Manuel Pereira, Dirigente da ANBP e Bombeiro Sapador em Braga, lamenta que depois de tantas homenagens, os governantes acabem por prejudicar quem combate este surto. Depois da reunião com o vereador responsável pelo pelouro da Protecção Civil na Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa, o dirigente declara que “acredita que seja possível chegar a um consenso a curto prazo”, apesar do impasse junto da Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão. Estes profissionais não se podem sentir abandonados e não podem ser prejudicados, passando a receber menos dos que os trabalhadores de empresas sujeitos a lay-off.
Manuel Pereira elogia o papel facilitador da autarquia bracarense neste processo. Segundo o porta-voz, o executivo municipal em conjunto com o sindicato tem apresentado propostas ao executivo central como por exemplo a criação de “um decreto de lei que permita o pagamento de forma legal a 100% aos bombeiros sapadores”.
Quando questionado pela RUM sobre a falta de equipamentos de protecção individual ou de material apropriado para o exercício das suas funções no dia-a-dia, o dirigente garante “que nunca existiu falta de equipamento”. Existe sim um “racionamento de modo a garantir que não existem falhas”.
*Vanessa Batista.
