Bolseiros de investigação já podem dar aulas no básico e secundário

Os bolseiros de investigação cientifica já podem dar aulas em escolas do ensino básico e secundário. O decreto de lei que altera o estatuto do bolseiro foi publicado em Diário da República.

Podem lecionar seis horas por semana, num máximo de150 horas anuais. A remuneração é de 450 euros brutos mensais.

No entanto, a medida aprovada pelo Governo para minimizar o impacto da falta de professores nas escolas não é bem aceite por alguns bolseiros. Tal como já tinha adiantado à RUM Sofia Lisboa, da Associação de Bolseiros de Investigação Científica, a medida do governo “é perfeitamente incompatível com a atividade dos bolseiros de investigação”.

Sublinhe-se que queles que aceitarem este trabalho “extraordinário” necessitam de uma autorização da instituição de ensino superior ou centro de investigação para o qual estão a desenvolver a sua investigação.

A alteração faz parte do “plano +aulas +sucesso” destinado a responder à falta de professores nas escolas básicas e secundárias. O objetivo é recrutar 500 bolseiros de doutoramento.

As alterações ao Estatuto do Estudante surgem num contexto de crise no setor da educação e de falta de professores. “Atento ao atual contexto do sistema educativo nacional, verificou-se a necessidade de contemplar a possibilidade de prestação de serviço docente por parte dos bolseiros em estabelecimentos de ensino básico e secundário, incentivando-se assim a implementação de práticas educativas interdisciplinares e nos vários ciclos de estudos”, lê-se no mesmo decreto-lei.

c/RTP

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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