Bloco quer abertura das cantinas em Agosto mas Rio descarta hipótese

O Bloco de Esquerda quer que a Câmara de Braga contribua, em Agosto, com refeições escolares aos alunos do escalão A e B do concelho.
Esta manhã, em conferência de imprensa, os bloquistas Paula Nogueira, Alexandra Vieira e António Lima exigiram que a autarquia prolongasse o fornecimento de refeições aos alunos mais necessitados no mês de Agosto, após o encerramento das cantinas escolares, estipulado no final de Julho.
No caso, Alexandra Vieira defendeu que a resposta do município deve passar pelo prolongamento de abertura das cantinas escolares em Agosto, não só no âmbito de resposta escolar mas também social.
Contactado pela RUM, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, descartou a hipótese, dizendo que “há um período de férias que os funcionários da cantinas têm de usufruir”, assinalando que o município equaciona, em parceria com as juntas de Freguesia e outros parceiros sociais e não com os agrupamentos escolares, “um conjunto de soluções [para refeiçoes] que sejam montadas numa base de proximidade com as comunidades”.
O autarca lembrou que “não houve uma procura relevante” de alunos e famílias carenciadas aos serviços alimentares oferecidos pela autarquia durante o período mais agudo da crise sanitária, razão pela qual não vislumbra um aumento de procura em Agosto. O mesmo não pensa o Bloco de Esquerda, que considerou que a escassez de procura está relacionada com a falta de informação das famílias, além do confinamento e de falta de acesso a transportes.
“Foram poucas as famílias a procurar resposta porque é preciso chegar a elas de outra forma. A Câmara de Braga e os responsáveis dos agrupamentos escolares devem reunir-se urgentemente para procurarem uma solução que abranja todas as crianças de escalão A e B. Não parece que alguém possa ir de férias descansado sabendo que em Agosto estas crianças não têm nenhum tipo de resposta”, alertou Paula Nogueira.
A este propósito, Ricardo Rio negou qualquer “falta de conhecimento de informação ou de contacto com a realidade”. A escassez de procura de refeições, abordou o autarca, estará relacionada com “a alteração de comportamentos das pessoas, ou da ocasional falta de acesso ao espaço público”.
