BLCS reinventou-se e desafia escritores para apresentações de obras online

A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) vai continuar a ouvir escritores ao longo dos próximos dois meses, pelo menos via redes sociais. Sem data definida para os primeiros eventos presenciais, a rubrica ‘Tempo de Autor’ pretende não deixar escapar as novas edições que vão saindo em papel. É uma maneira de “aliviar de alguma forma este estado de tristeza dos leitores não poderem estar com os seus autores preferidos”. Ao longo destes dois meses a Lúcio Craveiro foi convidando para a rubrica vídeos em que os autores apresentam as suas novas obras. Esta quarta-feira é um desses dias em que um autor mantém algum contacto com o público, mesmo que virtual. Tiago Salazar vai apresentar hoje o seu livro mais recente – ‘A Fala-Barata’ com Fabíola Lopes.
Flor Campino, Maria Isabel Fidalgo, Inês Pedrosa, Ana Caridade, Sérgio Guimarães de Sousa, Lurdes Breda ou Francisco Duarte Mangas são outros dos autores convidados. “Têm novas edições e que pelo facto de não poderem estar para já presentes, convidamo-los a apresentar um vídeo e com um tempo limitado a dez, quinze minutos sensivelmente”, explica Aida Alves.
A directora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva reconhece que a experiência não é a mesma, mas o objectivo passa por coordenar, dentro de pouco tempo, sessões presenciais. “A ideia é fazê-lo também com outros autores que muitas vezes não têm agenda para virem a Braga e esta pode ser uma possibilidade de aproximação aos leitores”, constacta. Mas a ideia passa por coordenar actividades que possam estar na web e que também numa ou noutra situação possam ser realizadas presencialmente”, refere.
“A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva soube reinventar-se através da programação web”
No programa de grande entrevista da RUM, Campus Verbal, que foi para o ar na noite de terça-feira, Aida Alves explicou que desde Março a BLCS “tentou reiventar-se na programação web”. “Todos fomos apanhados desprevenidos e os bibliotecários da rede nacional de bibliotecas de leitura pública conseguiram dar uma oferta muito rápida àquela que era a exigência do confinamento”, analisa.
Em menos de duas semanas a Craveiro da Silva já lançava a sua primeira história online. Foi em finais de Março com a ajuda de parceiros que “agarraram o desafio de fazer vídeos amadores, em casa, mas de coração. Conseguiram a sua liberdade em termos de pensamento, de imaginação e de criatividade”.
A directora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva reconhece que a realização de vídeos online dedicados à comunidade leitora traz várias vantagens que não serão desvalorizadas no pós-pandemia.
Com a publicação de vídeos, as pessoas podem vê-los quando lhes é mais acessível, daí que seja “uma presença de acompanhamento mais permanente”, ainda que o contacto presencial seja “mais importante”, observa a responsável.
