Bio-tintas fluorescentes serão arma contra falsificação de doc. e contrafação
“EcoBioInks4SmartTextiles” é o nome do projeto promissor que parece ter todo o potencial para ser uma importante arma contra a contrafação e falsificação de documentos. O trabalho está a ser desenvolvido pelo Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho em parceria com o CENTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes.
O estudo consiste no desenvolvimento de bio-tintas fluorescentes eco sustentáveis com propriedades únicas. Caraterísticas que tornam praticamente impossível a sua clonagem ou copia, logo poderão ser utilizadas como marcadores de anti-contrafação ou para impressões de segurança.
Estas tintas são produzidas nos laboratórios da academia minhota com recurso a uma bactéria não nociva que existe na nossa flora intestinal, a Ecoli, que tem demonstrado uma eficiência superior, por exemplo, ao fermente de padeiro. Deste modo, todo o processo de produção não está dependente de recursos petrolíferos o que torna este produto, do ponto de vista ambiental e económico, sustentável.
Em entrevista ao UMinho I&D, Tatiana Aguiar, uma das investigadoras responsáveis pelo projeto em conjunto com Lucília Domingues, explica que, neste momento, estão a realizar testes com protótipos para perceber qual a resistência das tintas às lavagens e como reagem às diferentes temperaturas.
Esta tecnologia pode também ser utilizada de forma a que uma peça de vestuário com padrões, quando em contacto com luz ambiente, mude de cor.
Apesar do projeto financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia em conjunto com o Norte 2020, na ordem dos 230 mil euros, estar prestes a chegar ao fim, a equipa vai tentar concorrer a um novo envelope financeiro para dar continuidade ao estudo. Em simultâneo, está a ser preparado um pedido de patente da tecnologia desenvolvida na UMinho.
Em cima da mesa está também o desenvolvimento de um dispositivo portátil, uma espécie de detetor de notas, para controlar têxteis.
