Biblioteca Pública de Braga abriu as portas há 184 anos e preserva meio milhão de documentos

Biblioteca Pública de Braga (BPB) assinala, de 14 a 18 de julho, o 184.º aniversário, com oficinas criativas, visitas guiadas, o lançamento oficial do novo clube de leitura e uma conversa sobre o futuro das bibliotecas. 

A BPB conta com aproximadamente meio milhão de documentos, incluindo cinco dezenas do início da imprensa. Foi criada pela rainha D. Maria II em 1841, para salvaguardar as livrarias dos extintos conventos e mosteiros da região, como da Falperra, de Tibães e dos Congregados, no qual ficou inicialmente instalada. O seu acervo foi enriquecido com o depósito legal, recebendo desde 1931 um exemplar das publicações que são editadas em Portugal.

Em paralelo, foi acolhendo coleções de personalidades e instituições locais, como Manuel Monteiro, Carrington da Costa, Victor de Sá, Manuel de Oliveira e o Instituto Minhoto de Estudos Regionais, entre outros. A BPB está instalada, desde 1934, na ala barroca do complexo do Largo do Paço, no centro de Braga, tendo sido integrada em 1975 na UMinho.


Sob o mote “Braga lê connosco há 184 anos”,  o programa irá incluir oficinas criativas para famílias e crianças, em que a leitura se cruza com práticas como a ilustração, a encadernação artesanal e a invenção de histórias, proporcionando momentos de partilha entre gerações. Haverá também visitas guiadas ao edifício (diurnas e noturnas) e aos fundos patrimoniais da BPB, que permitem que os visitantes possam conhecer mais de perto o valioso acervo da BPB, descobrindo curiosidades e documentos raros guardados ao longo de quase dois séculos.

Ao longo dessa semana também os jardins da Biblioteca serão um espaço aberto a todos, permitindo momentos de leitura ou de descontração num ambiente acolhedor. Haverá ainda tempo para o lançamento oficial do novo Clube de Leitura que pretende ser um espaço informal e cheio de partilhas, onde cada sessão será uma oportunidade para novas descobertas.

A programação culmina com uma conversa aberta sobre o futuro das bibliotecas, “Bibliotecas em Transformação: Entre Saberes, Educação e os Desafios da Inteligência Artificial”, que pretende uma reflexão sobre o papel destas instituições na era digital, os desafios colocados pela inteligência artificial e a importância de continuar a promover o acesso livre ao saber. A conversa contará com a participação de Eloy Rodrigues, diretor dos Serviços de Documentação e Bibliotecas da UMinho, Aida Alves, diretora de Serviços da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Manuela Castro, doutoranda do Centro de Investigação em Educação do Instituto de Educação da UMinho, Dalila Durães, professora, investigadora pós-doutorada do Centro Algoritmi e especialista em Inteligência Artificial, e Cândido de Oliveira Martins, professor de Literatura e de Cultura na Universidade Católica Portuguesa.

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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