BE. Transporte coletivo rodoviário é solução para concelhos limítrofes de Braga

O Bloco de Esquerda (BE) defende uma maior aposta no transporte coletivo rodoviário nos concelhos limítrofes de Braga, de modo a resolver parte do problema de mobilidade no distrito que descreve como “péssima”. Esta solução, para ser viável, terá de ser pública, gratuita e frequente, de modo a conseguir transformar os hábitos dos minhotos.
Bruno Maia fala também, aos microfones da RUM, da necessidade de o Estado investir na ligação do quadrilátero por ferrovia pesada. “Nós precisamos de ligar as quatro cidades: Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão por ferrovia pesada e a seguir, cada uma destas cidades desenvolverem diferentes transportes suburbanos”, frisa.
Recorde-se que um cidadão que pretenda deslocar-se entre Braga e Guimarães via comboio terá pela frente uma viagem de mais de 1h15, sendo que terá de trocar obrigatoriamente de comboio em Lousado.
Para o cabeça de lista do BE, desta forma a Estação Ferroviária de Braga passaria a ser central com uma ligação a cada um dos concelhos limítrofes como Amares, Póvoa de Lanhoso e Vila Verde. Quando questionado sobre que solução poderá ser viável, Bruno Maia aponta ao transporte coletivo rodoviário. “É mais fácil e acessível neste tipo de deslocações”, defende.
Quanto ao facto de ter obrigatoriamente de ser um serviço público, o bloquista explica o motivo. “Nós para termos uma mobilidade no distrito que seja condicente com uma transição climática precisamos mesmo que seja um serviço público. Precisamos de aceitar que teremos autocarros e comboios a metade da lotação, contudo, eu prefiro ter 20 pessoas num autocarro do que ter essas mesmas 20 pessoas a conduzir 20 carros”, afirma.
BE aposta em tetos para as rendas.
Desafiado pela RUM a propor uma medida direcionada para os jovens que não conseguem sair de casa dos pais ou estão a pensar emigrar, Bruno Maia remata com “tetos para as rendas”.
“Este é o principal motivo hoje em dia que comprime as vidas dos mais jovens, que torna a sua autonomia completamente coartada e os impede de viver em Portugal com conforto e com dignidade”, lamenta.
Para Bruno Maia é “uma parvoíce” tornar o tema numa “discussão ideológica” quando esta é uma solução já utilizada em 13 países da União Europeia.
Na Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Holanda e Suécia há controlo das rendas iniciais, assim como em França, sendo que neste caso apenas nas grandes cidades.
Recorde-se que segundo dados divulgados pelo Eurostat para o ano de 2022, os jovens em Portugal estavam acima da média da União Europeia. Em terras lusas, os jovens saem de casa dos pais, em média, aos 29,7 anos contra os 26,4 anos da UE.
Quem é Bruno Maia, cabeça de lista do Bloco de Esquerda por Braga.
Bruno Maia, tem 41 anos é médico neurologista e intensivista na Unidade Local de Saúde de S. José, em Lisboa, onde também é coordenador da Doação de Órgãos e Tecidos. Além disso é consultor da Comissão para a Diversidade. Natural de Gondomar, apresenta-se como número um pelo círculo eleitoral de Braga onde ambiciona eleger dois deputados. A número dois da lista é Alexandra Vieira seguida de Miguel Martins.
Recorde-se que em 2022, o Bloco de Esquerda não conseguiu eleger nenhum representante pelo distrito.
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