BE quer transportes acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida

O Bloco de Esquerda considera que não estão a ser cumpridas as leis que obrigam à não discriminação no acesso aos transportes públicos por parte de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Através de um documento entregue na Assembleia da República, o grupo parlamentar questionou as autoridades municipais de transportes dos 14 concelhos do distrito de Braga.
Um maior número de lugares para utilizadores de cadeiras de rodas e plataformas elevatórias e a criação de mais rampas portáteis para facilitação do embarque são algumas das medidas exigidas pelo partido. Em declarações à RUM, o deputado José Maria Cardoso referiu que “não há uma correspondência efectiva e prática em relação àquilo que está determinado na lei”. Para o bloquista, “não se trata de uma situação de qualquer tipo de favorecimento”, mas sim de “um direito legítimo e elementar que as pessoas têm”.
Além do melhoramento dos equipamentos destinados a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, o BE pretende que seja assegurado um reforço do número e da formação do pessoal afecto aos serviços de apoio ao cliente, bem como a disponibilização da informação em braile e língua gestual portuguesa.
Segundo José Maria Cardoso, esta é uma preocupação que deve tida em conta por diferentes agentes. “Se por um lado há responsabilidades do poder central, também há responsabilidades do poder local, que muitas vezes tem o controlo da situação em termos de transportes urbanos ou municipais”, explica.
