BE de Braga quer um “plano articulado” para a mobilidade na região

António Lima, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Braga, diz que um “plano articulado” dedicado à mobilidade entre Braga e os concelhos limítrofes é uma das prioridades da sua candidatura. Para além da implementação de mini-autocarros no centro da cidade, o candidato referiu, ainda, o desejo de reforçar a linha ferroviária no território do Quadrilátero e a ligação “através de um meio de superfície” a Vila Verde.
Durante a conferência de imprensa dedicada à mobilidade, que decorreu ao final da manhã desta terça-feira, e que juntou candidatos a câmaras e assembleias municipais de Braga, Vila Verde, Vizela e Barcelos, o candidato à Câmara Municipal de Braga começou por criticar as empresas concessionadas para o transporte de passageiros entre a cidade e os concelhos limítrofes.
Os privados têm imposto sempre a sua vontade, de maneira que fazem as carreiras de acordo com aquilo que é benéfico para eles, em termos de custo, mas o serviço aos diversos municípios não é prestado em condições
Para António Lima, esta situação é fruto da “fraca regionalização”, que prefere “pequenas soluções a fazer um plano articulado”. No âmbito do Quadrilátero [agora é Pentágono], o objetivo dos bloquista é “reforçar a linha ferroviária”, já nas situações de mobilidade “mais urgentes”, como é o caso de Vila Verde, “que é dos eixos que traz mais trabalhadores, todos os dias, para Braga”, o candidato quer implementar um método de superfície.
Já no centro da cidade, a prioridade é “limitar o uso do carro”, medida que o candidato admite não agradar a muitas pessoas, mas “no início é preciso habituar a população à mudança”. De acordo com o candidato, o objetivo é implementação de mini-autocarros, com horários mais frequentes, e a gratuitidade dos Transportes Urbanos de Braga, “para já, pelo menos no centro da cidade”.
“O transporte gratuito tira umas centenas, se não milhares de carros da circulação e tem, também, o benefício de habituar, desde já, as pessoas na utilização do transporte coletivo”, acrescenta.
De acordo com Alexandra Vieira, cabeça de lista à Assembleia Municipal, Braga deveria olhar para o exemplo de cidades como o Porto e Lisboa, onde os serviços de transporte coletivos servem “toda uma corda rodoviária que alcança populações que moram nos arredores e trabalham ou estudam no Porto”.
Mais do que não servir os concelhos limítrofes, a candidata acredita que dentro do próprio concelho, as linhas dos TUB “estão mal desenhadas, desde sempre”.
“São linhas que iniciam numa freguesia periférica do concelho, atravessam todo o centro da cidade e terminam na última freguesia do concelho”, refere.
