BE luta pelo reconhecimento da profissão de optometrista

A distrital de Braga do Bloco de Esquerda (BE) quer que o Governo reconheça a profissão de optometrista e aprove a sua regulamentação.

Segundo a APLO em todos os países europeus, à exceção de Portugal, Polónia e Bulgária, a profissão está regulamentada consoante as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Até ao ano passado, em Portugal, contavam-se cerca de 1800 licenciados e mais de dois mil profissionais davam consultas de optometria sem qualificação. Um estudo da Universidade Nova de Lisboa indica que o tempo médio de espera por uma consulta de saúde visual no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é de quase seis meses. De acordo com a APLO, por exemplo, no Reino Unido 99% das consultas para a visão são realizadas por optometristas.

Depois de uma visita à Escola de Ciências da Universidade do Minho, a deputada do BE eleita por Braga, Alexandra Vieira, sublinhou que a profissão “ao não estar regulamentada, significa que qualquer pessoa pode fazer este tipo de trabalho”, algo que, no seu entender, poderá por em causa a saúde pública.  “Há um trabalho ao nível dos cuidados de saúde primários que pode ser prestado pelos optometristas, porque nem todos os problemas de visão têm a mesma gravidade ou necessidade de um oftalmologista, algo que permite aliviar as longas listas de espera que existem no SNS”. Por exemplo, este profissionais estão aptos para situações como “uma atualização da graduação ou uma mudança de óculos”, detalhou. 

BE elogia forte investimento da UMinho na área

Alexandra Vieira saúda “o forte investimento da Universidade do Minho nesta área”, que conta com um dos laboratórios mais avançados do país ” e ao nível dos melhores do mundo”, que é “solicitado para investigação de ponta de relevância internacional, em áreas tão variadas como o desporto, já que, por exemplo, algumas modalidades necessitam de lentes de contacto específicas”. Além disso, a academia prepara-se para criar uma clínica universitária, que permitirá prestar serviços à comunidade escolar, pessoas carenciadas, IPSS, juntas de freguesias e escolas.

“Um laboratório tão relevante que forma técnicos de elevada qualidade, mas cuja profissão não é regulamentada é um problema que precisa de solução”, finalizou. 

A deputada do Bloco de Esquerda lembrou ainda que na legislatura anterior foram dados alguns passos no sentido reconhecer a profissão, mas o processo, entretanto, bloqueou.

Só na UMinho, por ano, são disponibilizadas 60 vagas para o concurso nacional de acesso, estando a frequentar a Licenciatura 150 estudantes, 48 o Mestrado e 30 o Doutoramento.

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Liliana Oliveira
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