BE condena chumbo da audição do ministro sobre fecho de maternidades e urgências
O Bloco de Esquerda em Braga condena o chumbo da audição do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, sobre possível encerramento de maternidades e urgências de obstetrícia/ginecologia do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O requerimento do Bloco foi esta quarta-feira rejeitado na comissão parlamentar de Saúde com o voto contra do PS, tendo os restantes partidos votado a favor, à exceção do Chega, que não se encontrava na sala.
Em entrevista à RUM, José Maria Cardoso, membro da Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda, fala em “atropelo democrático que comprova o abuso de poder de uma maioria absoluta”. “Para nosso espanto o Partido Socialista recusou esse pedido. Não é nada habitual isso acontecer, de uma forma geral quando estes pedidos são solicitados são aceites, como tal repudiamos veementemente esta posição”, refere.
Recorde-se que nas últimas semanas foi noticiada a possibilidade de encerramento de maternidades e urgências de obstetrícia/ginecologia no SNS. Esta seria umas das medidas incluídas no relatório elaborado pela Comissão de Acompanhamento, coordenada por Diogo Ayres de Campos, onde estaria previsto o encerramento, por exemplo, da maternidade do Hospital de Famalicão. Para o bloquista é “preocupante”. “Seria expectável um maior investimento no SNS, no sentido de criar condições para melhorar uma situação que tem sido aflitiva, e não o encerramento de serviços”, salienta.
Manuel Pizarro garantiu estar disponível para comparecer no Parlamento e explicou que este pedido só foi chumbado por ser mais útil que o debate político se faça depois de se analisar o plano técnico. Ora, José Maria Cardoso desvaloriza a justificação, sublinhando que o Parlamento serve para “fiscalizar a ação governativa”. “Claro que terão as suas explicações, mas não são minimamente convincentes”, aponta.
