BE apresenta 5 medidas para garantir a neutralidade climática de Braga até 2030

“Avançar com uma transição climática justa; revolucionar a mobilidade; fomentar os sumidouros naturais de carbono e proteger o arvoredo urbano; resíduos zero até 2030 e capacitar a setor municipal para a ação climática”. Estas são as cinco medidas que o Bloco de Esquerda considera serem necessárias para que o concelho atinja a neutralidade climática em Braga, até 2030. A candidata à Câmara Municipal, Alexandra Vieira, acompanhada pelo candidato à Assembleia Municipal, António Lima, apresentaram, esta terça-feira, no Parque da Ponte, o programa que consideram necessário implementar no concelho. 


Para os bloquistas, os transportes públicos devem ser melhorados ao nível da sua eficiência energética, com “frotas com emissão zero, aposta nas ciclovias e em corredores Bus, de forma a que se criem circuitos para os autocarros”. “As grandes vias da cidade, como a Júlio Fragata, devem ter uma ciclovia, uma via dedicada a transportes públicos e apenas uma faixa para automóveis, não incentivando, assim, o uso deste meio de transporte”, detalhou a candidata.

Segundo Alexandra Vieira, “avançar com uma transição climática justa, que combata a pobreza energética e as desigualdades, implica, por exemplo, a alteração da caixilharia na habitação social”. “A própria Organização Mundial da Saúde diz que para salvaguardar a saúde das pessoas que vivem na cidade é preciso assegurar 50 metros quadrados de espaços verdes per capita. O atual sistema de recolha de resíduos não está feito a pensar na reciclagem, cuja percentagem tem vindo a reduzir, e há cidades que já estão a recolher porta a porta, numa semana recolhe-se plástico, noutra papel e depois os resíduos orgânicos”, explicou ainda a bloquista. 

Os candidatos do Bloco de Esquerda em Braga defendem ainda que os edifícios públicos podem ser “energeticamente equilibrados, assim como a habitação pública, com, por exemplo, painéis fotovoltaicos nos bairros sociais”. 

Candidatos do BE acusam executivo municipal de “nada ter feito” pela neutralidade carbónica em Braga


Alexandra Vieira acusa o executivo liderado por Ricardo Rio de “irresponsabilidade e negação do problema”, lembrando que o autarca anunciou recentemente o objetivo de “reduzir 45% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 face a 2014″, uma meta que o BE considera “pouco ambiciosa”, já que na Assembleia da República se “discutem reduções na ordem dos 55 a 60%”. “Este executivo não fez nada, nos últimos oito anos, para atenuar o efeito dos gases nocivos para a saúde”, acrescentou.

De acordo com o relatório de sustentabilidade da Câmara Municipal, em 2019, as emissões de fases com efeito de estufa aumentaram 7,5%, face ao ano anterior. Em 2019, foram emitidas, em Braga, 6700 toneladas de CO2, 64% dos quais correspondentes aos transportes. 

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Liliana Oliveira
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