Batida apresenta ‘Uma noite particular’ no Theatro Circo

Prossegue este sábado, no Theatro Circo, o ciclo ‘Abacate, Limão Doce, Tangerina’, dedicado a obras completas contra a escravidão e o racismo. O convidado é Pedro Coquenão, mais conhecido por Batida, que vai apresentar ‘Uma noite particular’.

Cruzando os formatos de espetáculo e ensaio aberto, a sessão propõe-se a testar ideias que servirão de base para o formato final de apresentação ao vivo do mais recente disco, ‘Neon Colonialismo’. Entrevistado pela RUM, Batida explica que o espetáculo resulta da “exploração artística de três noites”, onde relaciona a dança com as artes visuais, a luz, a palavra e a música. “Vão poder ver algo que inicialmente pode ser um diálogo ou até um monólogo e depois uma coisa mais parecida com um concerto”, adianta.

Além de ‘Uma noite particular’, o artista Luso-Angolano antecipa um espetáculo “íntimo”. “A ideia inicial era fazer uma série de apresentações em ensaio aberto, ou seja, o espetáculo a ser criado à frente das pessoas”, começa por dizer. Segundo o artista, a utilização da palavra ‘particular’ é também para “dar ênfase ao lado menos convencional” das suas produções. “Não por me esforçar por isso, mas por isso ser às vezes uma espécie de obstáculo, ou na comunicação, ou na perceção, porque aquilo que vou fazendo não é propriamente linear”, complementa.

Em ‘Neon Colonialismo’ Batida aborda a “relação de Portugal com as ex-colónias e o consequente impacto na sociedade”. Sobre o processo de criação do novo disco, conta que começou como uma luz. “Percebi que dava para juntar uma série de músicas com este tema comum. Depois surgiu o objeto, o neocolonialismo, que eu fiz para uma exposição e comecei a relacionar as músicas com ele. Comecei a ver não só o objeto em si, mas também o que é que ele me inspirava em termos de som e comecei a aplicar algum tipo de texturas no disco”, revela.

Pedro Coquenão apresenta-se pela primeira vez no Theatro Circo e mostra-se “ansioso” por subir ao palco da sala que considera “muito bonita”.

Com as participações de Gonçalo Cabral (Movimento), Ikonoklasta (MC), Manel Pinheiro (Bateria), Mick Trovoada (Percussão), Milton Guli (Baixo e Guitarra) e Catarina Limão (vídeo), Batida sobe ao palco do Theatro Circo, este sábado, às 21h30.

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Catarina Martins
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