Bárbara Barros quer que a requalificação das Convertidas avance rapidamente

O Recolhimento das Convertidas, no coração da cidade de Braga, foi incluído no roteiro autárquico da candidata da CDU à Câmara, Bárbara de Barros, que pretende saber que investimento tem o Governo previsto para o espaço.
“Temos defendido, ao longo dos anos, que este edifício devia ser passado para a gestão da autarquia, para se poder intervir e requalificá-lo devidamente”, começou por defender a comunista.
Bárbara de Barros considera que a intervenção permitirá “ter o espaço aberto à comunidade”, que poderá “conhecer o seu valor patrimonial”, para lá das grades da fachada.
“A capela é aberta apenas uma vez por ano e as visitas são muito condicionadas, pelo estado avançado de degradação, nomeadamente de uma das alas, que está interdita. Uma requalificação viria valorizar muito o edifício em particular, mas o património do concelho em geral”, afirmou.
O Recolhimento passa, em 1911, para o poder do Estado, mantendo-se, até 1998, como instituição de apoio a senhoras necessitadas. Nesse ano, o governador civil, Pedro Bacelar Vasconcelos, encerrou-o por falta de condições. Em 2010 foi classificado como monumento de interesse público. Desde então, as portas permanecem fechadas e o tempo faz-se sentir nas instalações.
Por esse motivo, a candidata da CDU quer que a intervenção avance rapidamente, pretendendo, por isso, “perceber que negociações têm sido feitas por parte do município com o Ministério da Administração Interna, os planos da administração central para este local e que tipo de parceria se poderá fazer com a autarquia para a recuperação deste património”. Sendo que em causa estará “um investimento significativo”, a CDU quer ainda perceber se “a comparticipação do Estado será parcial ou total” ou se “o município terá que arranjar fontes de financiamento comunitário ou fazer um investimento municipal no património”.
“O impedimento do processo de expropriação dos prédios contíguos às Convertidas foi um passo importante para a salvaguarda do edifício. A CDU foi a única que se opôs à construção de uma unidade hoteleira aqui ao lado, porque entendemos que não podemos pôr em causa este património, por interesses puramente financeiros e de privados”, acrescentou.
Bárbara de Barros lamenta que as Convertidas “tenham ficado esquecidas” e entende que “o município devia ter procurado soluções”.
Segundo o Ministério da Administração Interna, “estão a decorrer reuniões com a Câmara Municipal, a Comunidades Intermunicipal do Cávado e outras instituições do concelho” a propósito deste dossier.
