Bandeira: “críticas sobre Urbanização da Makro estão a ser apreciadas”

Miguel Bandeira garante que os “contributos e críticas, acompanhadas de propostas alternativas,” dos moradores da urbanização da Makro, no que diz respeito à obra para implementação de uma Zona 30 no local, “estão a ser apreciadas”. “Aquelas que podem ser encaixadas no decurso do projecto serão tidas em conta”, garantiu à RUM.
Recordo que os moradores contestam, entre outros aspectos, “a redução do estacionamento e as vias estreitas e de sentido único, só com uma faixa de rodagem”.
Contactado pela RUM, o vereador da Câmara Municipal de Braga responsável pelo projecto das Zonas 30 explicou que, a propósito do estacionamento, “não se trata de uma grande diminuição de lugares de estacionamento, mas de uma regularização”. “Na zona da Makro tínhamos 155 lugares de estacionamento ilegal, ou seja, em cima do passeio, em cima de zonas verdes ou em curvas, ameaçando a segurança dos peões. Essa situação caótica, de um rácio do número de automóveis muito elevado para os habitantes que aí habitam, implicava a necessidade de requalificar esse espaço, promover à sua regularização e extinção dos lugares de estacionamento ilegais”.
O vereador adianta até que em causa estará “um aumento face ao número de lugares legais que existiam”. Bandeira assegura ainda que a relação entre o número de automóveis e o de habitantes não é um problema exclusivo de Braga, mas assegura que estão a tentar “minimizar” o seu impacto.
“No caso da zona da Makro, não se pode ter 3 ou 4 automóveis por alojamento todos parados em frente à habitação”, alertou o autarca.
“Está a ser equacionada a questão da via ter um ou dois sentidos”
A via de sentido único com apenas uma faixa de rodagem preocupa os habitantes do bairro e, embora se trate de uma “questão técnica”, Miguel Bandeira garante que “está a ser equacionada a questão de ter um ou dois sentidos e estão a ser consideradas as reclamações, que apontam para poder haver obstrução de tráfego e que terão que ser resolvidas com alternativas para impedir que, dentro da fluidez proposta pela equipa técnica para a circulação dentro do bairro, não se sofram os efeitos de congestionamento, por exemplo, da recolha do lixo”.
As críticas sobre os declives e lancis dos acessos às garagens foram reconhecidas pelo vereador como “pertinentes” e serão “corrigidos”, já que “não foram bem conseguidos”.
Alguns dos passeios estão já a ceder. Miguel Bandeira relembra, a este propósito, “as intempéries, que não favoreceram a consolidação dos materiais”. No entanto, o vereador alerta ainda para “o estacionamento indevido em cima dos passeios, que tem acentuado a degradação”.
“Todos os e-mails têm vindo a ser respondidos”
Quanto aos e-mails que os moradores dizem ter enviados para a autarquia e aos quais não obtiveram resposta, Bandeira admite que “haja um ou outro que possa carecer de resposta”, mas “todos têm vindo a ser respondidos”. “Temos reunido com moradores, decorreram debates públicos nos locais relativamente a este projecto”, apontou ainda o autarca, que garante receber “elogios e incentivos de muitos desses moradores”.
Miguel Bandeira reconhece ainda que “o projecto, como abrange uma área alargada e pelo seu faseamento, pode ainda não ser de inteira compreensão”, assegurando que “nos próximos dias se vão encetar esforços de divulgação para poder esclarecer o melhor possível” os munícipes.
A grande finalidade do projecto, recorda, “é requalificar o lugar e torná-lo com condiçoes de qualidade de vida melhores”.
