Autárquicas Barcelos. PS aposta no IPCA e em apoios à habitação para fixar jovens no concelho

16 anos depois, Horácio Barra é novamente o candidato do PS à Câmara de Barcelos. O advogado de 67 anos concorreu em 2005, ano em que perdeu para o PSD, mas viu o seu partido conquistar a autarquia em 2009, onde por se mantém até hoje.
Este ano, Horácio Barra foi o escolhido pela direção nacional do PS para suceder a Miguel Costa Gomes – atual presidente que abandona o executivo por causa da limitação de mandatos – e entra na corrida autárquica com a missão de fazer “serviço público”.
Em entrevista à RUM, o candidato abordou a questão central da concessão da água mas apontou a outras prioridades do seu programa. A fixação de jovens no concelho é uma delas, sobretudo depois de os Censos 2021 terem revelado que Barcelos perdeu 3% da população em dez anos, sendo o concelho, dentro dos que estão no quadrilátero urbano – Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos -, com o maior decréscimo demográfico.
Para combater a saída de habitantes, o cabeça de lista do PS pretende uma “aposta clara no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA)”, que considera ser “um expoente importante” da cidade, tornando-o “num polo do ensino superior” que “capte os jovens de Barcelos mas também os de concelhos limítrofes”.
Horácio Barra entende que o IPCA, por si só, não chega, sendo necessário “encontrar soluções de empregabilidade” no concelho além do setor têxtil, indústria responsável por mais de 50% nos empregos em Barcelos.
Além do ensino e do emprego, o candidato socialista defende o apoio à habitação, através de programas municipais, e a criação de apoios sociais para famílias e jovens.
Horácio Barra reconhece também que o peso do setor têxtil é demasiado em Barcelos, propondo a implementação de um “gabinete do investidor”, um novo organismo na autarquia para “agilizar processos” e “encontrar os locais adequados” para novas empresas que se queiram instalar no concelho.
Candidato do PS quer criar Festival do Galo
Sobre a cultura, Horácio Barra garante que quer colocar Barcelos “no mapa nacional e internacional”, contando para isso com a figura do Galo de Barcelos.
“Quero criar um grande festival à volta do Galo, não só em termos de artesanato mas também gastronómicos. Será um elemento para a defesa da marca Barcelos”, refere, apontando também aos eventuais dividendos turísticos a retirar do evento.
