Autárquicas Barcelos. MAS queria coligação à esquerda para combater extrema direita

O MAS, Movimento de Alternativa Socialista, tentou constituir uma coligação à esquerda para as eleições autárquicas em Barcelos mas a mesma foi rejeitada.
Pela segunda eleição consecutiva, o partido apresenta Vasco Santos como cabeça-de-lista, ele que alcançou, em 2017, mais de 940 votos, ficando perto de eleger para a Assembleia Municipal. Este ano, o candidato diz à RUM que o objetivo é fazer o “melhor resultado possível”.
O candidato de 49 anos revela que tentou uma coligação local, “à esquerda do PS”, para combater o crescimento da extrema direita. “Tentamos uma coligação com a CDU, o Bloco de Esquerda e até o PAN porque achamos que é essa a resposta para evitar o crescimento da extrema direita”, diz.
Lamentando que convite tenha sido declinado, Vasco Santos assinala que a “esquerda parece não querer procurar convergências”, adiantando ainda que uma coligação local à esquerda traria “uma resposta concreta que os barcelenses iriam valorizar”.
Quanto às prioridades para Barcelos, o MAS defende a luta intransigente pelo resgate da concessão da água a custo zero e pela construção de um novo hospital. Vasco Santos pretende ainda criar um gabinete de apoio à vítima, alertando que a violência doméstica tem aumentado em Barcelos, ao contrário da maioria do país.
O candidato lembra que Barcelos é um concelho no qual a indústria têxtil tem um peso significativo, setor no qual a “maior parte dos trabalhadores são mulheres”, e onde existe “precariedade, a roçar a escravatura”, que impede as vítimas de “deixar de morar com os agressores”.
Segundo Vasco Santos, o gabinete teria de apoiar as vítimas “economicamente” porque “ninguém deixa uma casa, com filhos, a ganhar 665 euros brutos por mês”.
