Autarca de Barcelos diz que residência e metro no quadrilátero podem fortalecer Ensino Superior
Dentro de um ano, Barcelos terá a primeira residência universitária pública, no campus de Barcelos, com capacidade para 130 camas. A meta temporal é apontada pelo presidente da Câmara, Mário Constantino, que prevê que, com esta infraestrutura, mais jovens possam escolher o concelho para prosseguir os estudos.
O Instituo Politécnico do Cávado e do Ave viu aprovada uma candidatura do Plano de Recuperação e Resiliência.
Segundo o social democrata, a residência vai nascer junto ao campus, num terreno adquirido pela autarquia, ainda na liderança socialista, mas com o voto favorável do PSD. “Poderá ser uma mais-valia para que mais jovens ingressem no Ensino Superior, mas também para dar melhores condições aos que já lá estudam”, disse em entrevista à RUM.
Para que mais jovens ingressem nas instituições de Ensino Superior da região há outro aspeto fulcral, do ponto de vista do autarca: a ligação do quadrilátero urbano por metro à superfície.
O presidente da Câmara de Barcelos lamenta a falta de investimento do Governo, numa zona com 700 mil habitantes. Mário Constantino acusa o executivo liderado por António Costa de só olhar para Lisboa e Porto.
O metro, referiu em entrevista à RUM, “ia facilitar a mobilidade dos jovens e, por sua vez, aumentar o número de estudantes no Ensino Superior”. Barcelos conta, neste momento, com seis mil estudantes no IPCA, “provenientes de terras vizinhas” e a facilidade ao nível da mobilidade seria uma vantagem para a região.
O metro à superfície implica um investimento avultado, “mas seria o ideal”, já que para Constantino soluções como o Bus Rapid Transit (BRT) não seriam eficazes. “As nossas estradas não têm a fluidez que deveriam ter”, justificou.
Neste momento, os autarcas do quadilátero estão a apostar em estudos, junto da CCDR-N e Eixo Atlântico, que “justifiquem a viabilidade económica e o impacto económico do metro para as empresas e região”, adiantou o autarca.
