Ausência de voluntários coloca em causa projeto de apoio à habitação

A Domus Habitat Portugal está neste momento em suspenso. O projeto da Habitat for Humanity Portugal, criado em 2017, tem como finalidade apoiar a construção e a reconstrução de casas para famílias carenciadas.

O modelo de apoio baseia-se sobretudo na angariação de fundos através de um projeto internacional de voluntariado, em que os participantes pagam uma determinada quantia e ficam hospedados numa propriedade localizada em Palmeira, no concelho de Braga.

Costumavam ser cerca de 300 por ano, mas, em 2019, a Habitat for Humanity Internacional, organismo que tutela as mais de 70 organizações existentes em todo o mundo, decidiu suspender o programa Global Village para o território luso. Em declarações à RUM, a presidente da filial portuguesa explica que, dentro da rede, “Portugal não é prioritário” e que há, neste momento, “uma concentração de esforços adicional na África subsariana”.


Perante esta situação e sabendo que, pelo menos, até ao final do ano, a interdição de voluntários internacionais vai continuar, Helena Pina Vaz refere que “está em causa” a continuidade desta parceria. Caso se confirme a desfiliação à organização internacional, que obriga a Habitat for Humanity Portugal a cumprir um determinado protocolo, a responsável espera que o projeto continue a nível local. 


“Pretendemos continuar e não deixar morrer este tipo de solução para o problema habitacional, que é grave em Portugal. Não desistiremos tão cedo”, frisa.

Desde 1996, ano de fundação, a Habitat for Humanity Portugal já construiu e reconstruiu casas para cerca de 100 famílias carenciadas, a última finalizada há dois meses. Neste momento há sete agregados familiares sinalizados à espera, além de uma série de pedidos que ainda não foram avaliados.

Com as restrições supracitadas e como não pode recorrer a voluntários nacionais por razões sanitárias, a associação tem procurado apostar no turismo rural. Apesar de ter somado algumas reservas no último verão e de se perspetivarem mais para o que aí vem, Helena Pina Vaz refere que “não é suficiente”, apelando ao apoio da sociedade civil.

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Tiago Barquinha
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Abel Duarte
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