Aumentos salariais de 6,3% para 742 mil trabalhadores

IVA zero, aumentos salariais e alargamento do apoio às famílias vulneráveis. Estas são três das medidas anunciadas hoje pelo Governo, para combater o aumento do custo de vida.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, anunciou, desde logo, que o Estado vai avançar para a definição do IVA Zero e explicou, em conferência de imprensa, que o objetivo é “reduzir o preço de um cabaz de bens essenciais e permitir que os preços permaneçam estáveis, durante um período de tempo”. Contando ter as negociações concluídas no início da próxima semana, o responsável adiantou ainda a intenção de avançar com “uma medida de apoio à produção e aos produtores, para permitir diminuir os preços e assegurar maior previsibilidade e estabilidade de todo o processo na cadeia de distribuição de bens”.
Além disso, os funcionários públicos verão o subsídio de alimentação passar de cinco euros e vinte cêntimos para seis euros, um aumento de 1%. “O PIB nominal que foi usado para cálculo dos aumentos salariais de 2023 a 2025 teve uma alteração e na sequência disso temos que fazer refletir na remuneração dos trabalhadores essa alteração”, adiantou Medina.
A ministra Mariana Vieira da Silva detalhou este apoio, que pretende “valorizar carreiras” de uma forma “segura” e para “deixar para trás a palavra congelamento”. A atualização salarial abrange 742 mil trabalhadores, aumentando “em 6,3%” para um total de 1624 milhões de euros.
Feitas as contas, um trabalhador na primeira posição da carreira de assistente operacional recebe mais 25,22 euros mensais líquidos (17,6 do subsídio de refeição e 7,62 de remuneração).
Já um trabalhador no início da carreira de técnico superior vai receber mais 30,80 euros líquidos (17,6 euros no subsídio de refeição e 13,20 em remuneração líquida).
O ministro das Finanças anunciou ainda que, relativamente ao apoio as famílias mais vulneráveis, que será pago ao longo deste ano, de 30 euros por mês, “o apoio será alargado a todas as famílias com filhos até ao quarto escalão do abono de família, um aumento de 15 euros por criança”. Ana Mendes Godinho avança que o apoio às famílias mais vulneráveis será pago trimestralmente, em abril, agosto e novembro. A ministra apela aos beneficiários que atualizem os seus dados na página da Segurança Social online, uma vez que o apoio será pago via transferência bancária para o NIB aí indicado.
