Atena. O ventilador made in UMinho que ajuda a salvar vidas

Chama-se Atena. E tem como missão ajudar a salvar vidas. O ventilador pulmunar nasceu com a ajuda da Escola de Medicina da Universidade do Minho, em parceria com o CEiiA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel), e teve, esta semana, luz verde do Infarmed para ajudar os doentes infectados com Covid-19 a respirar.

Produzido em tempo recorde, 45 dias, o equipamento vai ser comercializado e apresenta-se como mais uma arma no combate à pandemia.

José Miguel Pego, professor da Escola de Medicina e responsável médico do projecto, explicou à RUM que o objectivo inicial de uma vasta equipa composta por engenheiros e médicos era “responder a uma grande necessidade do país e do mundo”. “Pusemos a hipótese de fazer um equipamento para ventilar doentes durante algumas horas ou dias, mas rapidamente entendemos a necessidade fazer ventiladores mais sofisticados. Desenvolvemos, assim, um ventilador de nível de cuidados intensivos, que faz toda a ventilação do doente”, detalhou o investigador.

O risco de faltarem estes equipamentos é de dimensão mundial e, por isso mesmo, têm chegado solicitações dos quatro cantos do mundo, desde “Brasil, países africanos e Ásia”.

2.ª versão do ventilador já está em preparação

Numa primeira fase, foram produzidos 100 ventilados, mas há mais 400 em preparação.

O valor de mercado dos ventiladores ronda os 23 mil euros. O custo de produção do Atena fica “abaixo dos 10 mil” e pode vir a diminuir. O sucesso do Atena levou a equipa a preparar já uma 2.ª versão, “mais sofisticada, com design e argonomia diferentes e com conectividade, para criar uma base de dados que permita ganhar conhecimento sobre a doença”. “Esperamos que depois do verão já possamos passar a um protótipo funcional”, afirmou José Miguel Pego.

Além da validação do Infarmed, que permite a comercialização nacional e internacional do ventilador, o equipamento foi premiado pela Sociedade Portuguesa de Autores, que distinguiu o Atena pela sua inovação, qualidade e avanço científico.

“É o reconhecimento de um trabalho de uma equipa, mas mais importante do que isso era um passo fundamental para operacionalizar a sua utilização na ajuda ao doente”, disse o professor.

Dos 100 ventiladores que já estão no mercado, dois estão no Hospital de Braga. 

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Liliana Oliveira
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