Assédio. MP arquiva queixa de jogadora do Rio Ave por falta de provas

O Ministério Público (MP) arquivou o inquérito aberto na sequência das queixas de jogadoras do Rio Ave, nomeadamente uma menor, de alegado assédio sexual, por parte do treinador Miguel Afonso, na época 2020-21. Segundo despacho, citado hoje pelo DN, “não se mostra minimamente indiciada a prática de crime de importunação sexual de menor por parte do denunciado e foi recolhida prova suficiente da inexistência de crime”.
O mesmo jornal esclarece que “a jogadora em causa declarou que ‘nunca o denunciado a abordou ou importunou sexualmente, nem nunca manteve consigo qualquer conversa de teor sexual”. A jogadora em questão disse ainda que Miguel Afonso “sempre a tratou bem e a respeitou'”.
A magistrada do MP define o dia 26 de março de 2026 como data para o alegado crime prescrever, o que significa que o caso pode ser reaberto, se entre tanto surgirem novas provas ou testemunhos que obriguem e tal.
A atleta menor em causa tinha 16 anos quando prestou declarações ao MP e terá sido a única, de entre as jogadoras que denunciaram o então técnico do Famalicão à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e ao Sindicato de Jogadores, a aceitar falar durante o inquérito judicial, que visava investigar a existência de crime de importunação sexual.
Recorde-se que o caso foi tornado público em setembro de 2022 pelo jornal Público, que divulgou que o então técnico do Famalicão teria trocado mensagens íntimas com várias jovens entre os 16 e os 20 anos do plantel vila-condense. Comportamento que sempre negou, dizendo-se vítima de um “esquema”. Os casos terão ocorrido no Rio Ave, a partir de maio de 2020 até junho de 2021, quando Miguel Afonso saiu do clube de Vila do Conde e foi treinar o Famalicão.
c/DN
