“Algumas das maiores empresas da região já se associaram à AEMinho”

Ricardo Costa, futuro presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho), pretende que até 28 de maio, data da assembleia constituinte, a AEMinho tenha uma centena de associados dos distritos de Braga e Viana do Castelo. O também CEO do grupo Bernardo da Costa sublinha, em entrevista à RUM, que esta nova associação quer representar médias e grandes empresas, sem revelar, por enquanto, os “grandes” empresários que já se associaram e que muito em breve serão conhecidos.
Em entrevista à RUM na noite desta terça-feira, o empresário afiançou que 40 empresários dos vários concelhos da região Minho já se associaram a este projeto. “Representam todos os setores de atividade, as fileiras que queremos alcançar. Posso dizer que são das maiores e das melhores empresas da região e muitas outras estão também já a manifestar interesse em serem associadas até ao momento da assembleia geral constituinte”, adiantou. O objetivo da estrutura passa por ter a 28 de maio cem associados na primeira assembleia geral “e depois continuar a crescer”.
António Cunha, da CCDR-N será um dos convidados para o conselho geral a criar entretanto. A AEMinho vai ter direção, conselho fiscal e um conselho geral que “será presidido por um empresário da região” que depois irá convidar “forças vivas da região”, incluindo o bracarense que também já foi reitor da UMinho. O presidente da AEMinho assume que se trata de uma figura “fundamental para ajudar na estratégia da associação”.
O fim da AIMinho, diz, “deixou um vazio que se sentiu essencialmente no setor industrial e tecnológico da região”. Ricardo Costa, que assume que Portugal “tem associações a mais”, explica que este processo de lançamento da AEMinho foi ponderado depois de um compasso de espera de três anos.
No início de 2021, vários empresários da região voltaram a vincar que “não se sentiam representados nas associações existentes”, recordou. Depois de algumas reuniões de trabalho com empresários, presidentes de instituições públicas e privadas, “percebeu-se que essa lacuna existia”. “Essencialmente no setor industrial e tecnológico, nas médias e grandes empresas, não havia uma associação que as representasse”, conclusão que impulsionou a AEMinho que quer agora “fomentar e defender a iniciativa empresarial da região Minho, muito importante no contexto nacional”. Sublinhando que algumas das maiores empresas tecnológicas estão no Minho, Ricardo Costa refere que tudo o que se faz na região “tem um impacto a nível nacional”.
As bases da AEMinho assentam em três pilares: resiliência, transição digital e transição energética associada à sustentabilidade e à economia circular.
“Captação, retenção e requalificação de talento das empresas da região, apoio à internacionalização e exportação”, além da criação de um ‘green place’ são temas “prioritários”. A ideia passa por, em conjunto conjunto com as forças vivas da região, como instituições de ensino superior e centros de investigação, “criar um ambiente económico favorável para o desenvolvimento económico, cultural e social da região Minho”, confessa. O impulsionador da AEMinho acredita que esta conjugação de esforços pode atrair novas empresas.
“Apesar do fim conturbado” da AIMinho, Ricardo Costa afirma que esta nova associação empresarial “não nega o legado histórico da Associação Industrial do Minho, “porque fez muito pelo setor industrial da região”. Mesmo assim, o responsável vinca a visão “diferente, adaptada às novas realidades e ao futuro”.
