Artista de Guimarães apresenta exposição e livro sobre ataques de rede bombista

50 anos depois do assalto ao Centro de Trabalhos do PCP em Braga e de outros eventos terroristas nesta região, incluindo Famalicão e Santo Tirso, o artista Max Fernandes, natural de Guimarães, inaugura, no Mira Artes Performativas, no Porto, a exposição intitulada “Pedagogia da bomba 3D”. O momento está agendado para este sábado, dia 14 de julho e a exposição ficará patente até 13 de setembro de 2025.
O interesse surge depois da leitura do livro “Quando Portugal ardeu”, da autoria do jornalista Miguel Carvalho. Posteriormente, na residência artística que fez no gnration em 2021, o artista trabalhou “o evento do assalto ao centro de trabalhos do PCP em Braga”.
Seguiu-se “mais tempo de trabalho, com mais pesquisa” incluindo a visita aos outros dois locais, em Famalicão e Santo Tirso. A exposição contempla “imagens e áudios relacionados com estes eventos da chamada rede bombista que operou em Portugal com atos violentos entre 75 e 77, embora ainda haja episódios posteriores”, explica Max Fernandes à RUM.
O artista, natural de Guimarães, já passou pelo gnration, em residência artística. Já sobre o livro, explica que pretende mostrar “como é que os corpos ficaram fixados nas fotografias da altura”. “Na verdade, foi uma produção de um livro totalmente em serigrafia, manualmente, e que já fiz lançamento em três cidades. Vai ser feito o lançamento deste livro no final da exposição,13 de setembro deste ano”, acrescenta.
Max Fernandes desafia a comunidade para passar pelo Mira Artes Performativas.”Convido toda a gente a visitar a exposição e depois podermos falar também partilhar as experiências. Sempre que há uma amostra pública deste projeto acontece sempre algo extraordinário que é que aparecem pessoas a contar as suas próprias histórias daquele período. A ideia é continuar o projeto”, afiança também.
