Arranque da construção do Campus da Justiça de Guimarães preocupa autarca

O presidente da câmara de Guimarães, Domingos Bragança, alerta o governo que é tempo de acelerar a construção do novo edifício do Campus da Justiça, um dossier que já esteve nas mãos do anterior governo socialista e que entretanto passou para o governo da Aliança Democrática.
Recorde-se que o terreno, cedido pela autarquia de Guimarães, está localizado em frente à Academia de Ginástica. Inicialmente, apontava-se para a conclusão do novo edifício em 2027, mas em 2025 a obra ainda não arrancou.
Numa em setembro de 2024 a Guimarães, a atual secretária de estado da justiça “assumiu o compromisso de que o mais rapidamente possível concluiria o projeto e levaria a obra a concurso”, mas “ultimamente parece não haver respostas” razão pela qual solicitou Domingos Braganla fez questão de solicitar uma nova reunião. “Espero que este novo edifício se inicie a construir o quanto antes, conforme foi compromisso do anterior governo, reafirmado por este. O tempo vai passando e não vejo em concreto o início desta obra”, criticou.
O socialista foi mais longe, afiançando que o município “reajustou tudo o que foi pedido” pelo atual governo “para não haver nenhum pretexto que possa ser imputado à câmara municipal”. Recusando que se tratam de declarações de confronto com o atual governo, o autarca assume que este é um edifício “fundamental” para Guimarães.
Uma das questões que atrasou o andamento do processo foi a discordância do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça relativamente à volumetria de construção que obrigou a refazer o estudo de viabilidade urbanística, a cargo da Escola de Arquitetura da UMinho.
O Campus de Justiça irá albergar os juízos Central Criminal, Local Criminal, de Instrução Criminal, de Família e Menores, do Trabalho e o Departamento de Investigação e Ação Penal. O novo edifício permitirá encerrar o Tribunal de Creixomil, onde o Estado está a suportar uma renda de aproximadamente 33 mil euros, desde janeiro de 2007.
