Arranca hoje 32ª edição do Guimarães Jazz

Começa na noite desta quinta-feira a edição 32 do Guimarães Jazz, evento que se irá repartir até sábado pelo Centro Cultural Vila Flor e pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães, com a segunda parte desta edição agendada para a semana seguinte.
Buster Williams, Michael Formanek e Elliott Sharp são alguns dos nomes que compõe o cartaz cuja programação esteve ao cargo de Ivo Martins.
Na noite de hoje, pelas 21h30, caberá à Vanguard Jazz Orchestra abrir esta edição. Um ensemble com mais de meio século de atividade e dirigido neste concerto pelo prestigiado Dick Oatts.
O encerramento também será marcado por uma orquestra liderada pela compositora e pianista dinamarquesa Kathrine Windfeld, um dos nomes em destaque na nova vaga do jazz orquestral europeu, e que terá como solistas convidados o guitarrista israelita Gilad Hekselman e o saxofonista afro-americano Immanuel Wilkins, a 18 de novembro pela mesma hora.
Entrevistado pela RUM, o diretor do Guimarães Jazz, Ivo Martins, destaca a presença de Michael Formanek que irá apresentar um novo trabalho criado “exclusivamente para o evento”. Entre os nomes que saltam à vista no cartaz estão “Buster Williams, um contrabaixista fundamental da história do jazz. Aaron Parks em quarteto, um pianista notável. Maya Homburger, Agustí Fernández e Barry Guy, um trio de improvisação incrível que irão apresentar uma música de câmara livre”, refere.
Além da vertente “tradicional”, o evento traz também “inovação” através de projetos que serão apresentados pela Associação Porta-Jazz e o Centro de Estudos de Jazz da Universidade de Aveiro.
O ensemble de composição coletiva e improvisação Landline Plus One, composto por quatro instrumentistas altamente identificados com a cena jazzística nova-iorquina – Jacob Sacks (outro pianista com uma relação de grande proximidade com Portugal), Chet Doxas, Vinnie Sperrazza e Zack Lober – e expandido pela colaboração com a jovem trompetista holandesa Suzan Veneman, atuará no pequeno auditório do CCVF (18 de novembro, 18h00) e será também responsável pela direção das jam sessions, das oficinas de jazz e do concerto em colaboração com a orquestra de jazz da ESMAE (12 de novembro, 17h00).
O diretor do festival fala em duas semanas de trabalho em que os espetadores vão poder testemunhar e participar em “espaços de partilha” entre novos artistas e consagrados. “É muito mais do que um número de concertos”, afirma.
Questionado sobre a evolução do Jazz em Portugal, Ivo Martins frisa o facto de existir mais massa crítica, infraestruturas culturais, jovens músicos e interesse pela sonoridade. “O país está diferente”, garante.
Consultar programa Guimarães Jazz 2023.
