Aprovada por unanimidade extensão do centro de saúde de Sequeira Cabreiros

Apesar de um parecer desfavorável dos técnicos da área da mobilidade da Câmara Municipal de Braga, a obra de extensão do centro de saúde de Sequeira e Cabreiros, responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Norte, vai mesmo avançar.
O projeto de extensão foi aprovado, em sede de reunião de executivo, esta segunda-feira, mas levanta várias questões por parte dos representantes dos diferentes partidos políticos no executivo.
Artur Feio, vereador do Partido Socialista, pediu ontem esclarecimentos ao líder da autarquia sobre este processo, exigindo uma atenção redobrada no acompanhamento dos trabalhos. Ricardo Rio reconheceu as falhas, mas assumiu que a obra vai avançar.
O socialista lembrou que a reivindicação da estrutura de saúde é antiga, mas alerta que a decisão desta segunda-feira fica “manchada por um parecer desfavorável dos serviços municipais relativamente à mobilidade”. Por isso, Artur Feio exigiu mais garantias à autarquia. “Há uma batalha entre aquilo que foi uma imposição da ARS vs. uma decisão do próprio município relativamente ao licenciamento”, especificou.
Na resposta, o presidente do município separou a dimensão política da dimensão técnica. Ricardo Rio reconhece que é uma ambição “de longuíssima data” já que a atual extensão “não está a funcionar em local ajustado e em condições dignas para poder acolher a população”, daí que o município fosse defendendo a criação de uma nova valência. O edil acrescenta que a atual solução “veio corresponder a esse desígnio”, ainda que os serviços de mobilidade do município entendam que a solução da ARS “tem dificuldades do ponto de vista das acessibilidades”.
“É verdade que não são as condições ideais, mas privilegiamos a concretização deste projeto a esperar por uma solução que retardasse ainda mais a concretização dessa ambição”, admitiu.
Mesmo assim, garante o autarca, o município vai “introduzir algumas soluções, ainda que não sejam as ideais”.
Bárbara de Barros, vereadora da CDU, assume também algumas preocupações com as questões levantadas pelo departamento de mobilidade do município de Braga.
A comunista refere que a alternativa, “não sendo a ideal”, vai mitigar a falta de estacionamento, a mobilidade e o acesso pedonal de quem acede por transporte público. Recordando que a extensão de saúde “é reclamada desde 2009”, altura em que o governo PS se comprometeu com a construção de um novo centro de saúde, afirma agora que é imperativo que se crie “uma alternativa para a falta de condições”. “Importará acautelar”, frisou, sugerindo que o município acompanhe “com atenção os fluxos gerados depois de construída a extensão de saúde”. Bárbara de Barros considera que a empresa municipal TUB terá de “perceber eventuais necessidades de ajustes de horário”, no futuro.
Na área da antiga escola básica de Trás-o-Rio serão instaladas as valências de saúde familiar e materno infantil.
