ULS Braga implementa projeto que facilita comunicação entre profissionais e doentes sem voz

‘Comunicar sem Voz’ é o mais recente projeto implementado pela Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga cujo objetivo é humanizar os cuidados prestados aos doentes com dificuldades de comunicação. Para já, a aplicação MagicContact, uma ferramenta de comunicação aumentativa e alternativa disponibilizada aos utentes com dificuldades de comunicação através do tablet, e que substitui o método tradicional de papel e caneta, foi implementada com sucesso no serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Braga.

Na prática clínica, o internamento no serviço de Otorrinolaringologia da ULS Braga evidencia diariamente os desafios vividos por doentes que, por motivos clínicos, perdem temporária ou permanentemente a capacidade de comunicar verbalmente.


Entre os casos com maior dificuldade de comunicação encontram-se os doentes com tumores malignos da laringe, cujo tratamento implica, em muitos casos, a realização de uma laringectomia, isto é, a remoção da laringe e das cordas vocais, e também as traqueostomias que resultam na perda abrupta da fala.

Reconhecendo esta vulnerabilidade, a equipa de enfermagem da ULS procurou soluções que ultrapassassem o papel e a caneta, frequentemente ineficazes face à debilidade física e emocional destes doentes. Neste caso, a equipa adotou a aplicação MagicContact, uma ferramenta de comunicação aumentativa e alternativa, gratuita, desenvolvida pela Fundação Altice, em parceria com a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) e o aTOPLab do Politécnico de Leiria.

No Hospital de Braga, esta ferramenta permite aos doentes comunicar de forma simples, intuitiva e eficaz com os profissionais de saúde, com recurso a tablets, atenuando, assim, os níveis de ansiedade e promovendo uma maior autonomia e conforto. 


Em nota enviada às redações, a enfermeira gestora deste serviço, Sofia Osório, explica que estes doentes, enfrentam, frequentemente, um pós-operatório marcado pela frustração, angústia e medo, sentimentos que são agravados pela “impossibilidade de expressar necessidades, emoções ou dores”.


Este estado “intensifica o sofrimento físico e emocional do doente e acaba por dificultar, também, a prestação de cuidados de saúde adequados”, lê-se.

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Redação
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