“Ao tapar os lábios, o uso da máscara leva a uma maior perceção do défice auditivo”

Desde que começou a pandemia, o número de pessoas a recorrer ao serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Braga tem aumentado. O cenário é descrito pelo diretor dessa unidade no Dia Mundial da Audição, que se celebra esta quinta-feira.
Em entrevista à RUM, Luís Dias dá conta que “há cada vez mais pessoas” a dirigirem-se ao serviço, sobretudo por causa do uso de máscara. Ao tapar a boca, explica, “a leitura labial, que costuma ser uma preciosa ajuda, deixa de existir”.
“As pessoas costumavam compensar o défice auditivo com a leitura dos lábios e, por isso, agora têm maior consciência das dificuldades ao nível da audição”, complementa.
Os problemas auditivos costumam ser notados em contexto de conversa. O diretor do serviço de Otorrinolaringologia refere que “a queixa mais comum é as pessoas ouvirem e não perceberem exatamente o que escutam”. A necessidade de pedir para repetir é um dos principais motivos que as leva a recorrer a uma especialista.
No Dia Mundial da Audição, o Hospital de Braga realizou um rastreio à população, através de um audiograma, exame não invasivo que avalia de forma precisa a capacidade e a sensibilidade auditiva.
