António. Um pequeno bracarense a aguardar um transplante de medula

Com apenas cinco anos, António, natural de Braga, está à procura de um dador de medula óssea compatível. Depois da realização de análises para despiste de alergias, em Setembro passado, os resultados revelaram uma leucemia mieloblástica aguda que apanhou todos de surpresa. Desde então, António está internado no IPO do Porto onde já iniciou os ciclos de quimioterapia.

É uma corrida contra o tempo que não pode deixar ninguém indiferente. Os pais apelam à solidariedade de todos. O processo não é difícil e pode fazer toda a diferença.

As sessões de quimioterapia iniciaram sem que a pequena criança de cinco anos entendesse a razão para estar fechada num Hospital, em tratamento, se não sentia qualquer dor. Várias semanas depois é o pequeno António quem já chama a atenção do pai no momento de explicar como será o dia seguinte, atento a tudo o que dizem os profissionais de saúde que o acompanham neste processo.

Sessões de quimioterapia de doze horas, doze dias consecutivos

“Começou logo no primeiro sábado um primeiro ciclo de quimioterapia. Durante dozes dias seguidos fez quimioterapia de doze horas, um processo muito agressivo para ele”, começa por contar o pai, Nuno Ferreira. Os efeitos mais complexos chegariam ao quinto dia. Nuno assume que em termos emocionais, os primeiros dias foram “difíceis para o António que não conseguia compreender porque estava no hospital se estava bem”.

Com os dias a passar, a criança de 5 anos tem reagido e manifestado até uma maturidade invulgar para a idade na forma como lida com o meio hospitalar e todos os exames e processos que se sucedem no seu novo dia-a-dia.

António não pode fazer mais do que dois ciclos de quimioterapia até ao transplante e esta é, por isso, uma verdadeira corrida contra o tempo.

Uma corrida contra o tempo

Em Braga, no Museu D. Diogo de Sousa, o processo de colheita permitiu recolher 160 amostras em apenas dois dias há uma semana.

No site ser dador é possível obter toda a informação sobre os locais e horário das colheitas. Em Braga decorrem no Museu D. Diogo de Sousa às segundas à tarde, às terceiras sextas-feiras de cada mês da parte da manhã e aos segundos e quartos sábados de cada mês, também durante a manhã.

Pandemia dificulta acompanhamento dos pais. “Um vazio tremendo para o elemento que fica do lado de cá”.

Com a pandemia, os processos de acompanhamento de crianças como o António são ainda mais difíceis e complexos. Sem qualquer outra visita, apenas o pai ou a mãe podem estar sete dias seguidos com o António. Desde que a criança foi internada deixou de contar com a presença dos dois em simultâneo.

“Pré-pandemia, era possível os pais passarem o dia com o filho, mas só um podia dormir. Neste momento, um fica sete dias com o António, e depois trocamos. Há um vazio tremendo para o elemento parental que fica do lado de cá. Apesar de existirem amigos, famílias, a principal retaguarda estão num processo de internamento”, desabafa.

Na rede social Facebook foi lançado um movimento que pretende ajudar o António, apelidado pela família de ‘Mogli’.

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Volta ao Mundo em 180 Discos
NO AR Volta ao Mundo em 180 Discos
00:00 / 00:00
aaum aaumtv