António Costa demite-se

(Em atualização)
O primeiro-ministro, António Costa, acaba de apresentar a demissão. O pedido de demissão do cargo de primeiro-ministro surge depois das detenções do chefe de gabinete, Vítor Escária, um consultor próximo do primeiro-ministro, Diogo Lacerda Machado, o presidente da câmara municipal de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, e dois executivos de empresas, na sequência de uma operação de buscas em vários ministérios e em São Bento. Siga aqui os últimos desenvolvimentos e reações.
“Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito”, disse Costa, adiantando que “vai ser instaurado um processo-crime” contra si. “Não sou arguido”, reafirmou. António Costa garante que não se volta a recandidatar ao cargo de primeiro-ministro de Portugal.
O líder do Partido Socialista garante que se dedicou “de alma e coração a servir os portugueses” e que “estava disposto” a cumprir o mandato “até ao termo desta legislatura”.
“Fui hoje surpreendido com a informação oficialmente confirmada de que já foi ou irá ser instaurado um processo-crime contra mim. Obviamente estou totalmente disponível para colaborar com a justiça”, garante António Costa.
Aos portugueses, garante que não lhe pesa na consciência “a prática de qualquer ato ilícito ou sequer censurável” e que confia na justiça “e no seu funcionamento”.
Por entender que a “dignidade” das funções de primeiro-ministro não são compatíveis com estas suspeitas, apresentou a demissão ao Presidente da República.
“Neste momento, permitam-me agradecer em primeiro lugar aos portugueses pela confiança que em mim depositaram ao longo destes anos e pela oportunidade que me deram para liderar o país”, apontou.
Questionado sobre o que se segue, Costa diz que compete ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidir os próximos passos.
