André Ventura. O candidato que quer ser o presidente dos “portugueses de bem”

Foi o primeiro a anunciar a candidatura e é o representante do último dos partidos presentes no parlamento a ser criado. Apologista de uma “quarta República”, considerando que a atual “já não serve”, André Ventura é a favor da elaboração de uma nova Constituição.
O líder do Chega é acusado por várias personalidades de ter atitudes racistas e xenófobas e de ser um atentado à democracia portuguesa, sobretudo pelas posições que tem sobre as minorias, como os ciganos. O ex-militante do PSD, que ambiciona ser o presidente dos “portugueses de bem”, contrapõe as acusações, referindo que apenas quer que essa comunidade deixe de ter “fortes raízes de subsidiodependência”.
De acordo com um projeto de resolução entregue no parlamento, o também deputado recomenda a criação de um Gabinete de Trabalho Social que “avalie as condições de cada um dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção”. Defensor da prisão perpétua para violadores e homicidas, André Ventura tem na luta contra a corrupção e na proteção das forças de segurança outras das suas principais bandeiras.
No que diz respeito a resultados, o candidato à Presidência da República aparece com uma missão clara para estas eleições: ficar à frente de Ana Gomes. Caso isso não aconteça, coloca o seu cargo como presidente do Chega à disposição.
Apesar de ter surgido sempre atrás da socialista, de acordo com a última sondagem da Pitagórica, André Ventura figura no segundo lugar, com 11%, mais 0,2 pontos percentuais que a adversária. Ainda assim, está longe de forçar Marcelo Rebelo de Sousa, que conta com 66,7%, a uma segunda volta, outra das linhas traçadas pelo candidato.
