Covid-19. André C. Lima pede acção da Polícia Municipal nas ruas de Guimarães

André Coelho Lima, vereador sem pelouro da Câmara Municipal de Guimarães, defende que a Polícia Municipal deve ter um papel mais interventivo nas ruas do concelho para controlar a circulação de pessoas em virtude do surto do novo coronavírus.
O social-democrata propôs a medida esta segunda-feira, em sede de reunião de executivo, que decorreu à porta fechada. À RUM, refere que a acção das forças de segurança, depois de um período de pedagogia e sensibilização, deve ser agora de maior intervenção. Dando o exemplo do ajuntamento de pessoas, ontem, na Póvoa de Varzim, Coelho Lima assinala que é “necessária a limitação do acesso a zonas de maior fruição”.
“Eu não violo a lei se for sozinho à praça da Oliveira. Mas se os habitantes de Guimarães pensarem assim, estaremos lá todos. As medidas do Estado de Emergência, que permitem as saídas para trabalhar, abastecer o carro ou para tratamento de saúde, abrem excepções que estão limitadas a um espaço geográfico muito reduzido à volta da casa de cada um. A informação não chega a toda a gente e é importante que a Polícia Municipal tenha um papel preventivo, para a PSP não o ter”, esclarece.
Ao pedido de André Coelho Lima, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, respondeu que “a coordenação de toda a acção em prática no Município de Guimarães é da responsabilidade da Proteção Civil Municipal, que opera sob sua dependência directa”. Nesse sentido, o reforço orçamental da Proteção Civil de 1 milhão de euros, anunciado há poucos dias, destina-se ao reforço do Plano de Acção Extraordinário do Município de Guimarães para que “nada falhe na assistência à população no combate à propagação do Coronavírus”.
André Coelho Lima diz que município deve apresentar diariamente o número de infectados no concelho
Sobre o novo coronavírus, André Coelho Lima sugeriu ainda que o município deve apresentar um relatório diário dos números da incidência no concelho. Para o também deputado na Assembleia da República, o conhecimento dos dados ajudaria a perceber “se os números” em Guimarães estariam “dentro da média”.
“Precisamos de dados para monitorizar quais os locais de perigo dentro das comunidades, até para conseguir detectar as cadeias de transmissão. Para além do confinamento, a principal arma é a informação e todos temos a consciência que há muito mais pessoas infectadas do que aquelas que estão nos números”, alerta.
O social-democrata referiu também que a autarquia liderada por Domingos Bragança tem “feito o que é possível” na luta com o novo coronavírus, assinalando que “há coisas que podiam ser melhores, outras que estão a ser muitíssimo bem feitas”. Da oposição, garantiu, “a posição é de colaboração absoluta”.
“O mais importante é: sempre que identificarmos algo que possa ser melhorado contribuiremos com o melhoramento. Não vamos identificar só o que está menos bem”, assegura.
